sábado, 27 de novembro de 2010

Rapa Nui

Hello everybody!

Estou em Páscoa, após vinte horas de vôo e espera em aeroportos!

Ontem fiz um passeio irado por toda a ilha, em quadriciclo. Passei pelos vulcões, praia, montanhas e... moais.

Um montão deles! Em pé, deitados, quebrados, inteiros: a civilização que os edificou parece ter se esgotado no criar essas enormidades.

Fiquei particularmente impressionado ao ver um moai enormíssimo nascendo nas entranhas da montanha, o trabalho detido apenas pela guerra civil que se seguiu ao colapso ecológico desta ilha.

Eles cavavam um nicho e então começavam a entalhar. Depois, rolavam a estátua montanha abaixo, usando troncos de arvores, ao que parece. Foi esse uso descontrolado de árvores que (supõe-se) levou a degradação ambiental e à guerra civil, por volta da época dos descobrimentos. Hoje, um pedaço de alguns centímetros de madeira nativa entalhada é vendida aos turistas a partir de duzentos dólares...

Todos os moais foram postos abaixo, com a face voltada para o chão, o que  sugere o ódio suscitado por esses antigos deuses, que trouxeram a miséria a seus hospedeiros. 

Todos os moais de pé são obra de restauros recentes. 

Hoje, cavalgada. 

Tempo chuvoso, fui com a roupa apropriada: calção sintético e capa de chuva. Pois o primeiro foi ficando  cada vez mais curto, até que, finalmente, se equiparou a um fio dental. 

Some-se a essa indecência a falta de protetor solar e temos um quadro nada bonito de se ver.

Ao fim eu estava com os joelhos doendo, as pernas doendo e as costas doendo. Quatro horas de cavalgada montanha acima e abaixo: só sendo doido... 

E eu ainda não mencionei a parte mais dolorida.

Uma ilha fascinante, em resumo...