Já tivemos ministros bem melhores. Veja o
relato de Ricardo Noblat, incrédulo:
Acabo de sair de uma festa em Brasília. Na chegada e na saída cumprimentei José Antônio Dias Tóffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal.Há pouco, quando passava pelo portão da casa para pegar meu carro e vir embora, senti-me atraído por palavrões ditos pelo ministro em voz alta, quase aos berros.Voltei e fiquei num ponto do terraço da casa de onde dava para ouvir com clareza o que ele dizia.Tóffoli referia-se a mim.Reproduzo algumas coisas que ele disse (não necessariamente nessa ordem) e que guardei de memória:- Esse rapaz é um canalha, um filho da puta.Repetiu "filho da puta" pelo menos cinco vezes. E foi adiante:- Ele só fala mal de mim. Quero que ele se foda. Eu me preparei muito mais do que ele para chegar a ministro do Supremo.Acrescentou:- Em Marília não é assim.Foi em Marília, interior de São Paulo, que o ministro nasceu em novembro de 1967.Por mais de cinco minutos, alternou os insultos que me dirigiu sem saber que eu o escutava:- Filho da puta, canalha.Depois disse:- O Zé Dirceu escreve no blog dele. Pois outro dia, esse canalha o criticou. Não gostei de tê-lo encontrado aqui. Não gostei.
Arrematou com palavras censuráveis, mesmo na boca de um
psicopata furibundo.
2 comentários:
O brasil de hoje tornou-se isso mesmo: psicopatas, totalitários e sádicos no poder, sem oposição sequer administrativa. Viva Ivete Sangalo, povinho!
sábado, 11 de agosto de 2012
"PT age como um patrão das antigas", diz servidor que pediu demissão para não cortar salário de grevistas
Hermano Freitas*
Coordenador de Inovação Tecnológica do Ministério do Planejamento no governo Dilma Roussef desde setembro de 2011, o empresário Cesar Augusto de Azambuja Brod, 48 anos, entregou o cargo no último dia 2. Sua atitude não teria passado de mais uma exoneração de servidor público descontente não tivesse sido motivada pela ordem de cortar o ponto dos 12 servidores federais em greve sob sua coordenação. Além de contrariar a ordem superior, divulgou uma carta em que acusa o Partido dos Trabalhadores (PT) de assumir postura patronal na negociação com os sindicatos.
Em entrevista exclusiva ao Terra por telefone de Brasília, o gaúcho afirmou que a decisão de se desligar respeitou a educação que a mãe professora lhe deu e que gostaria que esta atitude fosse entendida como uma mensagem de apoio aos docentes, em greve há 3 meses. "Aprendi com ela que a gente vem ao mundo sempre para aprender", disse. Ele reafirmou o repúdio à política de endurecer na negociação com as categorias em greve. "O PT está funcionando como um patrão das antigas."Iniciados em julho, os protestos e as paralisações de servidores federais aumentaram em agosto. Ao menos 25 categorias estão em greve. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), o movimento atinge 28 órgãos, com 370 mil trabalhadores parados. O número é contestado pelo governo.O Ministério do Planejamento declarou que está analisando qual o "espaço orçamentário" para negociar com as categorias. O governo tem até o dia 31 de agosto para enviar o projeto de lei orçamentária ao Congresso Nacional com os gastos para 2013.
O PT, nesta posição que se coloca em relação aos grevistas, parece que aprendeu muito mais o que os patrões faziam quando estavam em greve do que em trazer o social para o governo. Me parece que esqueceu uma questão, a do papel do funcionalismo como uma forma de preservação de políticas de Estado. O PT está funcionando como um patrão das antigas, preocupado em dizer "o País é meu, dominei o jogo e o funcionalismo é só um acessório".
*Fonte: Portal Terra
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