sábado, 11 de agosto de 2012

Ataque furioso

Já tivemos ministros bem melhores. Veja o relato de Ricardo Noblat, incrédulo:
Acabo de sair de uma festa em Brasília. Na chegada e na saída cumprimentei José Antônio Dias Tóffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal.Há pouco, quando passava pelo portão da casa para pegar meu carro e vir embora, senti-me atraído por palavrões ditos pelo ministro em voz alta, quase aos berros.Voltei e fiquei num ponto do terraço da casa de onde dava para ouvir com clareza o que ele dizia.Tóffoli referia-se a mim.Reproduzo algumas coisas que ele disse (não necessariamente nessa ordem) e que guardei de memória:- Esse rapaz é um canalha, um filho da puta.Repetiu "filho da puta" pelo menos cinco vezes. E foi adiante:- Ele só fala mal de mim. Quero que ele se foda. Eu me preparei muito mais do que ele para chegar a ministro do Supremo.Acrescentou:- Em Marília não é assim.Foi em Marília, interior de São Paulo, que o ministro nasceu em novembro de 1967.Por mais de cinco minutos, alternou os insultos que me dirigiu sem saber que eu o escutava:- Filho da puta, canalha.Depois disse:- O Zé Dirceu escreve no blog dele. Pois outro dia, esse canalha o criticou. Não gostei de tê-lo encontrado aqui. Não gostei.
Arrematou com palavras censuráveis, mesmo na boca de um psicopata furibundo.

2 comentários:

Júlio César e Izaura disse...

O brasil de hoje tornou-se isso mesmo: psicopatas, totalitários e sádicos no poder, sem oposição sequer administrativa. Viva Ivete Sangalo, povinho!

Júlio César e Izaura disse...

sábado, 11 de agosto de 2012
"PT age como um patrão das antigas", diz servidor que pediu demissão para não cortar salário de grevistas

Hermano Freitas*

Coordenador de Inovação Tecnológica do Ministério do Planejamento no governo Dilma Roussef desde setembro de 2011, o empresário Cesar Augusto de Azambuja Brod, 48 anos, entregou o cargo no último dia 2. Sua atitude não teria passado de mais uma exoneração de servidor público descontente não tivesse sido motivada pela ordem de cortar o ponto dos 12 servidores federais em greve sob sua coordenação. Além de contrariar a ordem superior, divulgou uma carta em que acusa o Partido dos Trabalhadores (PT) de assumir postura patronal na negociação com os sindicatos.



Em entrevista exclusiva ao Terra por telefone de Brasília, o gaúcho afirmou que a decisão de se desligar respeitou a educação que a mãe professora lhe deu e que gostaria que esta atitude fosse entendida como uma mensagem de apoio aos docentes, em greve há 3 meses. "Aprendi com ela que a gente vem ao mundo sempre para aprender", disse. Ele reafirmou o repúdio à política de endurecer na negociação com as categorias em greve. "O PT está funcionando como um patrão das antigas."Iniciados em julho, os protestos e as paralisações de servidores federais aumentaram em agosto. Ao menos 25 categorias estão em greve. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), o movimento atinge 28 órgãos, com 370 mil trabalhadores parados. O número é contestado pelo governo.O Ministério do Planejamento declarou que está analisando qual o "espaço orçamentário" para negociar com as categorias. O governo tem até o dia 31 de agosto para enviar o projeto de lei orçamentária ao Congresso Nacional com os gastos para 2013.
O PT, nesta posição que se coloca em relação aos grevistas, parece que aprendeu muito mais o que os patrões faziam quando estavam em greve do que em trazer o social para o governo. Me parece que esqueceu uma questão, a do papel do funcionalismo como uma forma de preservação de políticas de Estado. O PT está funcionando como um patrão das antigas, preocupado em dizer "o País é meu, dominei o jogo e o funcionalismo é só um acessório".

*Fonte: Portal Terra