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domingo, 21 de janeiro de 2007

A Pont du Gard

Eu mato, eu mato,
quem roubou minha cueca
pra fazer pano de prato...
bis.
Escrevi, dias atrás:
"Deixo a Provença em direcão a Carcassone. Ontem, a Pont du Gard. Esse guarda era mesmo cheio das "influências": tinha uma ponte e um castelo só pra si...
A Pont é parte de um aqueduto de 50 quilômetros de extensão, construído pelos romanos, há uns dois mil anos. O ribeirão Gauche, perto de Nîmes, lhe serve de cenário mais propício.
Quando cheguei o sol de inverno deitava luz imemorial e atravessei, desprevenido, os pórticos desse conduto aparelhado pelos séculos, talvez excessivos.
Do outro lado ouvi o diálogo e entendi as silenciosas urgências do sol. Os pórticos projetavam-se altaneiros sobre um riacho esmeralda, e o conjunto, inteiramente vitorioso, recebia generosas pinceladas de ouro.
Tanta beleza, concentrada num fim de tarde, era demasiado, e tive raiva de tantas tardes, pretéritas e futuras, em que não estive/estarei aqui.
Nîmes, 18.01.2007."

Dias lindos

Já resumi o sul da França: vou ficar. Não por ora. Então, cabem algumas palavras.
"Ontem Vienne, a 20 minutos de Lyon. Mal cheguei e fui me embrenhando pela feirinha de sábado, misturando-me aos simpáticos habitantes. Depois, no sopé do monte Pipet, o cemitério e, estacionado na encosta, o teatro romano.
Maior teatro da Gália (13.000 assentos), foi restaurado em 1938 e hoje é uma demonstração da arte e do poderio romano.
Voltei à feirinha, para uma paella francesa. Ao pé do templo romano plantado entre belíssimas construções medievais, degustei essa iguaria, à sombra de vinte séculos, ou quase.
Depois, o couscous, sopa típica da região, com vários tipos de carnes, legumes e vegetais. A certa altura, fui brindado com o sonoro bon apetit!, de umas criancas que também escolheram o templo para o piquenique.
O vinho (do Rhône), climatizado naturalmente nas minhas andanças pelos monumentos, foi dialogando formidavelmente com a paella e os queijos caseiros que adquiri, direto dos fazendeiros, na mesma feirinha, de muitas felicidades.
Perfeito.
Tinha mais. Voltei ao teatro, atendendo convocação de um sol triunfante, e obtive algumas fotos, alguma vez convincentes.
De volta a Lyon, mais fotografia (noturna), compras e um jantar. Eu disse compras?
Uma portinha num impasse, só de restaurantes. A gente entra, o garçom vai logo tascando: reserva?
Eu Tinha, obra de uma brasileira estagiária do Mercure da estação. Que bom.
Após o champanha, os pratos foram se sucedendo vitoriosamente. Não sou desses que ficam por aí gostando de fígado.
Aquele estava maravilhoso. Juntamente com o peixe defumado e os queijos de fino extrato, compõe uma salada bastante popular entre os habituês, constatei.
Depois, uma vitela alemã, fumegante, num prato em brasa. Aí eu estava pronto para o queijo, branco e cremoso.
No mico da noite, pedi a conta após o queijo, e fui advertido pela dona do bouchon acerca da sobremesa.
Torta típica, evidentemente fantástica.
Menti que sou brasileiro, à saída.
Eles acreditaram. Ganhei o champanha de brinde.
Que bom estar aqui.
Lyon, janeiro de 2007."

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Provença

Mesmo no inverno, a Provença tem inúmeras felicidades. Cabe a cada um descobri-las. Mas e preciso tempo. Talvez um mês, só para o lado francês dessas paragens (o norte da Espanha exige outro tanto). Jantar ao lado de um anfiteatro romano, visitar esses monumentos e todo o seu entorno é tarefa de fôlego. No meu pequeno hotel perto dos monumentos em Arles me senti o próprio Van Gogh (sem as manias e o talento). Há muitos encantos, por aqui. Não por acaso algumas pessoas passam meses nessa descoberta.