quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Cirque du Soleil

Quando cheguei o teatro pegava fogo. Labaredas fumavam e voltavam a sua conformada posição, enquanto as pessoas se acomodavam. 

Ka foi um espetáculo movimentado e belo. O palco, um retângulo tridimensional, assume todas as configurações possíveis no espaço da arte do Soleil.

O se desenvolve num palco líquido, e a arte obedece às preferências da água. Os artistas voam dentro e fora da piscina. Ginastas de precisão olímpica desenhando belezas sincronizadas.

Meu show preferido, Love, é livremente baseado nos Beatles.

Performances aconteciam a meio metro da minha poltrona, e sobre nossas cabeças, o tempo todo. Sinestésico. 

Um cidadão lia um jornal que incendiava. Todo ele pegava fogo, aferrado às notícias, tal como usa acontecer comigo. Considero um maravilhamento essas pequenas intervenções do impossível no palco, como se tivéssemos adentrado uma capa do Pink Floyd, sem mais aquela. 

One (Michael Jackson) foi um espetáculo so so, todas as músicas em remix, muito altas. 

Emendei Zumanity no New York, New York, sem outro proveito que apressar a última noite em Vegas. 

Uma funcionária do Cirque lamentava o fim de Alegria no Brasil. Parece que está em cartaz na Europa. Quem sabe?

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