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segunda-feira, 1 de janeiro de 2007

Sa Pa

De trem entre Hanói e Lao Cai. É noite, e a composição avança bem devagarzinho, talvez para não melindrar os trilhos. Após frenagens "estilosas", concluí que o maquinista aprendeu seu ofício num ferrorama.
Lao Cai é uma especie de Foz do Iguaçu vietnamita, com direito a desfile de carroças abarrotadas de bugigangas chinesas, puxadas por vietnamitas desenvoltos, que desafiam a ponte, lado a lado com pesados caminhões. Daí sobe-se até Sa Pa (pronuncia-se Chá Pá).
Cheguei bem cedinho, em tempo de um momentoso café-da-manhã contemplando deliberadas montanhas e o trabalho do sol para estabelecer o dia em todos aqueles penhascos.
Sa Pa é uma vila alpina tomada de indígenas em trajes coloridos, e turistas. Os aldeões cultivam arroz há milênios, em terraços que penteiam os morros. Há uma só colheita anual, em cultivares também apreciados por búfalos e gansos.
Nesta cidade, eu, Gerson Noronha Mota, súdito de Sua Majestade, o Lula, provei pela primeira vez um veadinho.
Posso explicar?
Cansado das mesmas carnes com os conhecidos sabores, resolvi arriscar minha reputação em algo a um tempo exótico e inédito.
Pois provei o veadinho e gostei. Com cebolas, num prato fumegante, estou que foi o melhor daquelas montanhas, que também fornecem gansos.