quinta-feira, 27 de outubro de 2005

Literatura

O (improvável) leitor pode se perguntar por que perder tempo com Chomsky. Quem se der o trabalho de inventariar as gôndolas de "lançamentos" e "mais vendidos" vai entender o porquê. Os livros agora deram para se chamar "quem comeu meu queijo", "quem tomou minha sopa", "quem comeu meu hambúrguer", quem comeu isso ou aquilo. Desaprovo toda essa comilança. Pior: existem loas a pessoas como Bush, Lula e Chavez. E também críticas (algumas ótimas, outras desnecessárias). Os bruxos, fadas, duendes, elfos, grifos, dragões da maldade e magos agora deram para frequentar academias. Desconfio que algumas pessoas deixaram de considerá-los mitos inofensivos e passaram a acreditar nesse entulho medieval. O soterramento do pensamento criterioso e estético é um risco que não podemos desprezar. Chomsky representa um enorme desafio, porque obriga a pensar, duvidar e analisar. Sigamos com Harry Potter.
P.S.: além dos ataques ideológicos ao pensamento evolucionista, Chomsky foi flagrado em elogios ao genocida Pol Pot. Se for verdade, esse fato, por si só, invalida tudo de útil que Chomsky possa ter produzido.

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