Cheguei ao lar.
Tudo na mais perfeita ordem, e agora tomo posse de uma nova paz.
Depois de 53 dias, gente, é demais. Não fossem outras coisas, tem um teclado com acentos, cedilhas e caracteres em ordem, não numa cascata arbitrária e caótica, como nos cyber-cafés da vida. Uma coisa totalmente nova para mim.
À medida que as malas vão sendo desfeitas, contam histórias, coisas que passaram despercebidas; revelam cicatrizes insuspeitadas.
Decobri água recolhida nas montanhas geladas de Torres del Paine em meu cantil de alumínio, e agora vou bebê-la com volúpia redobrada.
Bom, faz-se tarde. Dirijo-me para as ruas do sono (que devem estar caóticas).