sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Consumismo, parte 2

A semana trouxe algum consumismo, no Paraguai. Demitido pela minha lavadeira, despertei a lava roupas dos barulhinhos. Trazia comigo o manual, que resolvi não ler, e não tive problemas, exceto a opção lavagem manual.

"Como assim? Essa máquina realmente espera que eu lave as roupas, enquanto ela só observa?", protestei, em plena lavanderia platônica mobilizada. Outro problema: os insumos.

Você já viu o preço do alvejante sem cloro?

Isso de alvejantes, digo apenas que, caso eu me decida pelo lucrativo negócio do assalto a residências (como almejo), não tolerarei nada que não seja o alvejante sem cloro. Já até imagino o diálogo:

[família confinada ao quarto da empregada e arma apontada, tudo de boa, sem violência]:

– Aí tens: jóias, os relógios H.Stern e Tag Heuer, dólares, euros, os poemas...
– Mas meu Deus do céu! Acaso agora é proibido conduzir decentemente um assalto, como se espera de um bom cristão? Vou perguntar só mais uma vez: cadê o alvejante?
– Que alvejante?
– O alvejante sem cloro. Tá querendo me iludir com seus dólares e euros? Outra coisa: fique com seus poemas!

Bem, nas próximas semanas mando noticias dessa nova aventura: lavar roupas.

Obs: comprei um ipod, que há horas luta, na janela atrás desta, para sincronizar minhas oito mil músicas.  

Sim também um óculos, exatamente o que me faltava para completar logo os 15 que toda pessoa do bem precisa ter, como se sabe.