sexta-feira, 31 de maio de 2013

Capadócia

Cheguei hoje. A Capadócia é bem mais do que dizem os manuais. As chaminés de pedra, imensas, são variadas e coloridas. Fiz um passeio de quad, e me emocionei com o vale, multicolorido, e com as cidades dos trogloditas.

Numa delas, um prédio formado no arenito. Massive! Só o que denunciava a montanha era a presença de cavalos pastando no topo.

Daqui a pouco saio para os balões. Meus amigos estão torcendo. Meus inimigos, mais ainda.

Vai ser bom, ora se vai. 

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Pamukkale

Mármore líquido. Uma província de travertino.

Luz excessiva no branco demasiado. Não suportei mais que algumas horas.

Turquia

Provisoriamente serei turco. Cheguei há uns dias, e fui bem recebido. Fiquei em Selçuk, de onde sai para conhecer Éfesos, Priene, Dídima e Mileto.

Fui à casa de Maria, mãe de Jesus. Já ouviram falar?

O que mais me impressionou foi o templo de Apolo em Dídima. Você interage com o monumento, sobe em suas escadarias e colunas, é admitido em seu átrio, mediante um túnel descendente, em mármore.

Algumas colunas vertiginosas, e uma coluna derrubada nos fundos dão uma idéia da grandiosidade que não vislumbrei nem no Partenom, em Atenas.

Na verdade, nessa peregrinação pelo meditarrâneo, o que mais impressionou foram as ruínas gregas de Agrigento e Dídima.

Nessa viagem fui a mais templos do que recomenda a pureza ateia e o bom senso.

Seja como for, saio logo mais para a Capadócia, onde chego pela manhã, para um vôo de balão e outras diversões nesse excelente país.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Rodes

Após um mês peripatético pela Europa, massagem com peixinhos, fechando a Grécia.

Eles esfoliam e limpam, no que me pareceu um carinho.

Eu vinha de uns trinta dias sem lavar os pés, num massacre diário. Sabe, numa viagem você precisa eleger prioridades. Os pés não estavam no topo da lista. Vou lavando outras partes, de sorte que os peixinhos tiveram material para se fartar, conquanto alguns tenham ido a nocaute.

O sapo não lava o pé
Não lava porque não quer...

Nunca entendi essa calunia. As salamandras, por exemplo, muito mais malandras, não sofrem semelhante dissabor.

Eu comera um atum selado no azeite, e salada de lulas marinadas, também ao azeite.

Os peixinhos doutores (não sei quanto dos meus pés eles comeram) fazem flutuar no neon, e sentimos que deveriam continuar.

Saímos mais leves. Os pés, agradecidos, pisam suave o calçamento da velha Rodes. 

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Creta

O Lonely diz que essa ilha, onde floresceu a civilização minóica, é a culminação da Grécia. Percebi Creta como a Grécia profunda.

Fui a Samaria, maior cânion da Europa. Eles te conduzem pelas montanhas até uma garganta impronunciável e te soltam na banguela.

Dezoito quilômetros depois você é pescado na portaria, quase chegando ao mar.

Destino mágico. Paredes inesgotáveis, rios que somem sob a montanha e reaparecem, mais necessários e raros. Caminhei por um leito árido, no vértice de um abismo em flor.

Depois as águas me encontraram e foi como se não tivessem sangrado o coração da terra.

Passeio de muitas horas, terminando no mar líbio. De volta a Heraklion, o hippocambos me aguardava, para os frutos do mar que derretem na boca.

Pedi a conta. Veio a sobremesa, não solicitada, mas muito apreciada: petit gateau com cachaça grega. Arrasador. Esse povo sabe mesmo como agradar. 

Creta induz êxtases e contemplações.