sábado, 24 de dezembro de 2011

Sky canopy

Vocês acharam extremo o canopi a 120 metros de altura?

Ontem fiz um de 200 metros, a 100 km/h, por 800 metros!

Trata-se de um conjunto de 8 cabos, cada qual mais insano.

A altura, a aceleração, a distância para o vale, o visual do lago Arenal, a floresta: é muito louco. Às vezes você invade o dossel, qual bala entre as árvores.

Olhando do chão, e considerando a alta frequência dos cabos, parece que caças resolveram patrulhar a floresta, com turistas desenganados a bordo.

Isso de canopi, pensei ser coisa de criança. Está entre as coisas mais extremas que já vivi.

Por tudo isso: pura vida!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Canopi

Ontem fiz canopi, experiencia de outro mundo...

Quando subimos à torre inicial, quase desisti. Nao fora os amigos holandeses, atentos a qualquer sinal de fraqueza, eu teria saido correndo dali para nunca mais.

Atado ao cabo de aço, começa a viagem, à toda. Voce percorre meio quilometro, a 120 metros de altura, a uma velocidade insana, sobre a copa e por entre as arvores. Olhando para o lado, uma cachoeira; do outro, o vale imenso, e a floresta profunda.

O medo se dissipa rápido, à medida que a adrenalina sobe. Os vales e cachoeiras se sucedem numa vertigem de verdes esplendorosos.

Viagem lindíssima.

Para fechar a noite, fui a Baldi, uma estacao termal. A agua, colhida nas profundas do vulcao, chega numa chachoeira improvável, uma torre em fumos telúricos, sinistros.

Na piscina logo abaixo, um alerta: nao nadar. Ao entrar entendi porque: a 40 graus, voce sente o vulcao nas entranhas. E ele nao esta nada satisfeito, pelo visto.

Ao cabo de um tempo, fui a uma cachoeira, para refrescar, mas aí é que o cozimento se acelerou.

Depois, a comida, ao gosto. Comi feito um retirante.

Frenético. 

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Arenal

Ontem devassamos a floresta, rumo ao vulcão. Após duas horas e meia montanha acima, em meio à floresta da chuva, o lanche. Lá embaixo, dentro da cratera, um lago fantasmagórico, jade ondulante, convidava.

Nadamos nesse lago congelante e sulfúrico, em busca de uma redenção turística.

Bordejamos a cratera, seu interior florestado, e subimos para alcançar o Arenal Observatory Lodge, vasto hotel situado na vegetação incentivada pelo vulcão. Serviu de base para o Smithsonian pesquisar a atividade vulcânica, e ainda abriga estação sismológica completa. É a meca para um retiro de magias. Antes, homenageamos uma cachoeira portentosa.

Ao fim, as águas quentes do Tabacón, que relaxam e fazem bem.

A floresta chuvosa tem árvores desmedidas, cobertas por musgo, orquídeas e bromélias, numa exuberância enriquecedora. O solo, dádiva vulcânica, é perfeito para a flora.

A Costa Rica, de florestas autênticas, café e frutas saborosas, é um imenso retiro de virtudes cenestésicas.

Pura vida, dizemos todos.  

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Pura vida

Após um voo ate a Cidade do Panamá e um ônibus tumultuário noite adentro, cheguei à fronteira com a Costa Rica, exatamente a tempo de esperar 5 horas numa fila de controle.

E, contudo, a Costa Rica é especial. Fiz rafting no rio Pacuare, um dos melhores do mundo. Arrebatador: o canion, a floresta que se debruça majestosa sobre o rio, e as corredeiras, muito inteligentes.

Subi ao vulcão Poás mas, por aqui, cada montanha, e sobretudo cada vulcão está envolto permanentemente em um véu de nuvens impenetráveis. Honestamente - pelo critério do testemunho ocular, o mais inadmissível de todos - eu não poderia afirmar que o vulcão existe, já que dele não vi a mais ínfima parte.

Então cheguei ao Arenal, pela noite. Desfrutei de um ceviche totalmente insano, talvez o melhor que já experimentei, verdadeira celebração dos sentidos.

Agora me preparo para subir as encostas do Arenal, em meio a uma absurda e festiva floresta da chuva, exuberante.

Para tudo isso, aqui se diz, forte:

Pura vida!

É o que venho dizendo, todo o tempo.