quarta-feira, 2 de maio de 2007

Aviso

Deixarei de atualizar este blog diariamente (como tento fazer, quando a preguiça deixa). Agora, só em cybercafés. Considero muito mais honesto o gesto de encostar o cano de uma arma em nossas cabeças, com a exigência de nossas carteiras, do que a conta apresentada pelas companhias telefônicas.
Mandei a minha ao inferno (espero que faças o mesmo, prudente leitor).
Seja como for, quem quiser falar comigo não tem com que se preocupar. O lava-jato da esquina tem um daqueles enormes orelhões. É só deixar o recado com um dos moleques que ocasionalmente atendem as chamadas, estridentes. A cada dois anos eu passo lá para checar as mensagens (é minha versão de telefone molecular).

terça-feira, 1 de maio de 2007

Tom Jones, de Henry Fielding

Clarice Lispector traduziu e adaptou para nós Tom Jones, de Henry Fielding. Anotei, em suas páginas finais: “Os personagens trocam loucamente de lugar e status. Num momento, serão enforcados com todo o peso do mundo em suas costas. Minutos depois renunciam às aflições e se dirigem ao paraíso terreno, no exíguo espaço de meia dúzia de parágrafos. O capítulo final é uma montanha-russa de vertiginosos caprichos. Ninguém está seguro de sua sorte.” Deve haver resumos que façam mais justiça ao autor e à tradutora. Ofereço este. Campo Grande, 10 de abril de 2007.