sábado, 15 de abril de 2006
quinta-feira, 13 de abril de 2006
De páscoa, honra e quadrilha
Glauco nos presenteia com essa gostosa charge. Notem a alegria contagiante, o genuíno entusiasmo com que o companheiro coelhinho tenta entregar o presente ao companheiro presidente. Fala a verdade: ele vai conseguir.
A mim, o melhor da charge é a alegria do coelhinho. Uma delícia de performance.
Clóvis Rossi perpreta a seguinte maldade, na Folha de S. Paulo de hoje:
"Você já se deu conta de que o presidente da República é também o presidente de honra de uma "organização criminosa"?
"Sim, essa é a única - e inescapável - conclusão política do libelo do procurador-geral, Antonio Fernando de Souza, sobre o esquema do mensalão e penduricalhos", alfineta Noblat.
Ao saber que o Procurador-Geral surpreendeu 40 cavalheiros em atividades impudicas, um senador lembrou de Ali Babá. Fernando Rodrigues, lacônico como sempre, prometeu que uma revista, neste final de semana, informará seu atual endereço. O coelhinho vai conseguir, ora se vai.
Pouco importam essas ninharias. Estamos na Páscoa. Preparo um texto sobre a felicidade. Reconheço que faltam-me subsídios, mas vou tentar assim mesmo.
Os dois leitores, que me honram com visitas (anuais), hão de perdoar a sem-graceira política.
segunda-feira, 10 de abril de 2006
Precisa-se de caseiro, que seja discreto
Fernando Rodrigues, em sua coluna na poderosa Folha de S. Paulo de 19/02/2005, contou-nos sobre deputados pré-pagos:
“Entram numa sigla para servir a algum propósito – como engordar uma ala do partido que deseja obter algum cargo – e saem em seguida. Perdem a validade. Só funcionam com uma nova recarga.”
Após informar que esses deputados custavam algo como 30 mil reais, ele finalizou, de forma didática: “muita gente que antes não podia agora já sonha tranqüilamente em ter o seu deputado próprio.”
Existem muitos tipos de deputados. Nem todos se vendem, é claro. O tipo carnavalesco, basta entrar em plenário e perninha e bracinho logo se armam em dancinha. Muito famoso, é o que mais me agrada. Temos também o tipo sortudo: o só fato de passar em frente a uma casa lotérica já lhe garante o prêmio. Existem, enfim, muitos tipos, em simetria com seus eleitores, ninguém ignora, e alguns dos mais astutos deputados se tornam caseiros, ou motoristas, e vice-versa.
Um amigo me disse, a respeito: "não estou bem certo sobre a utilidade de um deputado, mas também gostaria de ter um só pra mim".
Não concorde com ele não, leitor.
domingo, 9 de abril de 2006
São Paulo
Volto de São Paulo. Três novos livros. Dois referem economia.
Ando lendo sobre Stálin, o rei do rá-rá-rá. Era um maestro. Seus músicos tocavam árias e operetas em que milhares morriam. Não sem antes a devida tortura.
Quase todos os colegas de liderança do partido e do Estado morreram assim. Marechais, hierarcas, artistas ou anônimos eram sacados de suas famílias e, pouco depois, ressurgiam confessando todos os "crimes" contra o Estado, a Revolução, Stálin, etc.
A ninguém ocorreu que Stálin era de carne e osso, e podia ser alcançado. É pena que nossos semelhantes sejam tão trágicos, e colaboram alegremente com a própria aniqüilação.
Após a leitura, um resumo, que não há de ser alegre.
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