quinta-feira, 9 de novembro de 2006

Três Lagoas

Às margens desse rio que aceita bem o nome Paraná, como depois consentirá o nome Uruguai, Três Lagoas preliba sua entrada na história. As lagoas fogem aos poucos, humilhadas pelas águas da barragem. A cidade ferve. Cidade ou promessa?

domingo, 5 de novembro de 2006

Notinhas

1. Diogo resolveu perseguir Moyses, o delegado de Piracicaba. Bem feito. Eles se merecem. Nessa história, só estranho as diáfanas declarações da procuradora da República que presenciou o vandalismo aos direitos constitucionais dos jornalistas.
Como um todo, a PF costuma ser eficaz, mas tem esses senões. Um doleiro entrou vivo e saiu morto de suas dependências, em São Paulo; no Rio, toneladas de cocaína e montes de dólares evaporaram de dentro da PF e, como era de se prever, nada aconteceu.
A procuradora diz que não houve nada de anormal. Acho que os profissionais da PF vão sofrer com a mídia. Moyses, a instituição, e seu chefe, podem vir a se arrepender de ter atraído sua ira.
Collor foi mais esperto (ou menos burro): escolheu apenas a Folha. Comeu o pão que o diabo desprezou. Não sei como alguém pode ser asno a ponto de achar que pode intimidar os titãs Folha, Estadão e Veja.
Evo, meu favorito: "Na Bolívia, há libertinagem de imprensa."
2. Hei, Lula, me dá uma refinaria aí?! Eu acho que mereço uma refinaria. Pode ser a Duque de Caxias, ou a de Paulínea. Você sabe que eu não seria ingrato, como aquele seu amigo Evo. E venderia gasolina bem baratinho, como seu amigo Chavez.
3. Sadam condenado à forca. Fascinante um tal Sadam: genocida, multibilionário, com uma pistola enferrujada e sem balas esperou em casa a chegada das legiões romanas.
Não confio num Sadam que enterra seus aviões, paralisa seus exércitos, espera o inimigo, mas não move um dedo para resistir-lhe, e aparece enterrado num buraco. Não se parece com o nosso Sadam, o carniceiro que exterminou milhões de iranianos e de iraquianos.
Mesmo Grace, a insondável personagem que Lars von Trier está construindo em sua devastadora trilogia, ora intérmina, não é páreo para "Sadam", genial personagem dessa impagável trinca de dramaturgos: Rover, Rummy e Cheney.
Sincronizaram a sentença para acontecer a algumas horas das eleições americans. Em teatro, tempo é tudo.
P.S.: Deu tudo errado. O povo não é tão burro assim...