quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Poetas de Muro

Quanto tempo segues comigo?
Preparo café ou minha vida?

Ação Poética de León, México.

Isla Janitzio

O casal de alemães volta da escalada ao monumento comendo um pastelzinho.

"Como se chama isso?", perguntaram ao guia. "Gordita", disse ele. 

"Deus do céu, eu comi isso?", exclamou a moça, ao consultar no guia de viagem o significado. 

Mais modesto, comi carnitas na praça de Quiroga, a caminho de Pazcuaro.  Carne de porco assada, com toucinho, na tortilla. Não é pra frescos. Tudo manual...

Isso de tortillas, eu pensava que conhecia, até provar uma no La Biznaga, aventura já relatada. Bem, se você não foi ao Biznaga, não sabe o que e uma tortilla no estado de arte.

No mesmo dia, passamos por Tzintzuntzan, nome que vale por um solfejo prosódico.

Agora, voltamos das mariposas monarca. Elas forravam o chão, e também algumas árvores, mas não alcançamos voassem.

domingo, 5 de janeiro de 2014

Guanajuato

Casa Valadez. Iniciei com o melhor gaspacho que já sonhei e não sabia possível.

Depois, espuma de queijo. Isso mesmo: espuma, na taça. Ao fundo, vegetais quentes prelibavam o momento.

Acaso o leitor sabe o que acontece quando jamon serrano, azeite e figos, primícias mediterrâneas, se juntam? Bem...

Atum perfeito, selado, desmanchava na boca. Na boa.

Enquanto isso, uma trupe medieval liderava uma mobilização. Iniciada por um contrabaixo-caixão empunhado e tocado heroicamente na horizontal. Canções que nascem da alma, coracionalmente. Música e lira, numa callejoneada seguida por uma horda de turistas.

Ao ensejo da mob entregaram um assado e me repito: perfeito.

A sobremesa me encontrou exaurido em fruição.

O paraíso em seis passos. Seis apresentações, seis estações de bondade.

A estudiantina deu a volta na praça e se concentrou no fosso em frente à igreja. Performance festiva, despretensiosa, com muito lirismo medieval, como a gente pensa que existe em castelos europeus, mas só existe aqui, no México.

De colores...