quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Baleias Franca

Porto Pirâmides. As franca conduzem seus cachorros de cinco metros pelo berçário. Elas não são feias: apenas trazem a cabeça complexa. 

As eubalaena se experimentam, deixam-se estar nessa sopa de baleias que é a Península, por agora. 

Um filhote branco nos atraiu. A mãe, faceira, o apresentou a embarcação

Outra mãe investia vigorosamente em seu filhote doente, que boiava desenganado. Não havia salvação, e os biólogos anotaram a tristeza.

Mais de mil francas vêm veranear na Península, para nossa alegria.    


Península Valdés

Descemos a Ponta Ninfa, praia onde elefantes se fazem ao mar. As crianças brincavam na água, perto das mães. Machos de 5 toneladas vigiavam da água, meio ursos, meio antas. 

Alguns, indelicados, arrotavam com saúde (eu disse arrotavam por mera cortesia). 

Um sol debruçado no precipício se despedia da praia, a mais ampla em que já estive. 

Rafting Salta

Rio tranquilo. Águas frias cortando o deserto. A mesma aragem dos condores convidava ao banho. As corredeiras, sonolentas, não surpreendiam. Apenas alguns splashes.

Nos paredões inclinados, antigas praias de oceanos arruinados, vimos subir os rastros de dinossauros, a progressão dos passos coleantes de tartarugas e colonias de estromatólitos em bolotas.

Mares soçobrados testemunham suas praias, agora em ângulo de 45 graus.

E seus antigos habitantes assinam mensagens sóbrias, cravadas na pedra. No rio Juramento a emoção não exclui ajustes em nossa efêmera compreensão de mundo. 

Acima, condores vigiavam os passos consolidados de monstros caídos.