terça-feira, 9 de agosto de 2011

Deixando Riga

Após dois dias, atravesso o Báltico esta noite, com destino a Estocolmo.

A velha Riga, nas margens do rio Dugava (ou Duína Ocidental), é bacana, com construções do século 14. A primeira impressão foi algo exagerada. Riga é divertida, tem coisas que merecem uma visita, mas seu turismo é incipiente: ontem, planejei  uma visita a uns castelos fora da cidade e, na última hora, não rolou. Só havia um passageiro: eu. Não é coisa que aconteça. 

Cancelei os planos de comprar âmbar, porque ninguém consegue se convencer de sua autenticidade. Num mundo em que o balanço das maiores empresas, fiscalizado pelas melhores auditorias, não é digno de crédito, como vou confiar num certificado que qualquer um, munido de uma impressora e uma caneta bic, pode confeccionar? 

Falar nisso, quando deixei o país, a bolsa orçava os 64.000 pontos. Agora, terei sorte se a encontrar a 30.000. Ei, o que vocês aprontaram, enquanto eu não estava olhando?

domingo, 7 de agosto de 2011

Riia

Vou comentar Riga sob o impacto da primeira impressão, enquanto espero meu quarto ficar pronto. Após 5 horas desde Tallinn, num confortável ônibus, chega-se a esta cidade, que me pareceu (ainda) um autêntico quintal dos comunas.

Não saberia fundamentar, mas aqui se respira opressão,  tirania, num país liberto já se vão 20 anos. 

Dos russos ficou a arquitetura, os nomes, e alguns costumes, pelo visto. A cidade apresentou-se feia, desagradável, com alguns massivos prédios - tão horrendos que só podem ser obra dos soviéticos. 

Tallinn tem um ou outro resíduo soviético, mas aqui é só o que há. Não que a cidade não mereça uma visita. Ao contrário, eu sempre quis ver de perto o resultado do pesadelo bolchevique, seu inerente terror. E aqui estou, num lugar cuja feiúra é a cara do comunismo. 

E estamos falando de resquícios, porque a Letônia é parte da Europa, e tem uma economia em ascensão. 

De qualquer forma, vou conhecer este país, sopesando seu eventual viés stalinista, que tanto me lembra Sua Majestade, a Santinha. Por que será? Agora, que degolou o Reizinho Mandão, e mais meia dúzia de ministros, talvez ela possa, finalmente, iniciar seu "governo" (SIC).

Ou talvez não. Quem sabe o que Santinha tem na cabeça? Não muito.