sábado, 26 de julho de 2008
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Borges e os tigres
Adormecido, distrai-me um sonho qualquer, e de repente percebo que é um sonho. Costumo pensar, então: Isto é um sonho, pura diversão de minha vontade, e, já que tenho um poder ilimitado, vou produzir um tigre.
Oh! incompetência! Nunca meus sonhos sabem engendrar a almejada fera. O tigre aparece, sim, mas dissecado ou fraco, ou com impuras variações de forma, ou de um tamanho inadmissível, ou muito fugaz, ou tirante a cão ou pássaro.
Jorge Luis Borges, O Fazedor, Cia. Letras, pag. 14.
terça-feira, 22 de julho de 2008
segunda-feira, 21 de julho de 2008
domingo, 20 de julho de 2008
Sobre fotografia e poesia
Torres del Paine
Há certos encantos em Paine que não sei a que atribuir. Não são só torres de dois mil metros de granito matizado. Nem é o lago verde em sua base, onde grassam todas as patifarias e incontinências do vento. São muitas as felicidades da Patagônia, chilena e argentina, que não se reduzem a montanhas de alturas vertiginosas ou a gelos azuis de 700 anos que fazem amantes de uísque de todo o mundo suspirar.
A quem ler
"Se as páginas deste livro consentem algum verso feliz, perdoe-me o leitor a descortesia de tê-lo usurpado eu, previamente. Nossos nadas pouco diferem; é trivial e fortuita a circunstância de que sejas tu o leitor destes exercícios, e eu seu redator.”¹
Os poemas, agora publicados. Suas formas, nunca definitivas, adquirem um pouco de estabilidade. Não muita. O bastante para iludir o Google. Acaso impressos, podem resultar uma alegre fogueirinha. Na tela, luz e calor, elementais.
Entrego-os à rede e ao público. Já não basto para lidar com eles. Há muito não me permitem leitura, o que reforça a suspeita de que são ilegíveis. Espero sinceramente que o leitor tenha mais sorte que eu.
¹Jorge Luis Borges, Obras Completas, tomo I, editora Globo.
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