sábado, 8 de novembro de 2008

Comidas

Comida interessante na república Tcheca. Mas o que chama a atenção são as cervejas. Eles não vendem cerveja nos bares e restaurantes, e sim chope. Dourado, encorpado e saboroso, o chope deles embriaga inteiramente. No último dia de 2005 nos recomendaram uma fábrica de chope, com uns 500 anos de história, perto do Castelo, mas ela estava fechada, e ceamos em uma taberna. Chope competentíssimo. Noutro restaurante, de comida típica tcheca, pedimos alguns pratos e duas jarras de chope (litro e meio, cada). Ainda que aplicados e obstinados, não fomos páreo para tamanha esbórnia. O tipo pilsen de cerveja foi inventado pelos tchecos, que são muito orgulhosos de suas habilidades de mestres cervejeiros e bebedeiros. 2. Muitos falam mal das casas de fast food, atribuindo-lhes metade dos problemas do mundo. Até filmes já fizeram, desancando o McDonalds. Contudo, após uma semana de restaurantes locais na Índia, você chega de joelhos a uma dessas casas. Sim, confesso que fui a uma KFC. Sério. Sei que é constrangedor, mas não pude evitar. De repente eu estava às voltas com asinhas e coxinhas de frango empanadas, amarelas e picantes. Bastante oleosas, um alívio frente à comida oferecida na Índia. McDonalds? Pizza Hut? Passamos a freqüentar esse mundo previsível e uniforme, olimpicamente alheio aos caprichos e temeridades da cozinha indiana. Após me refestelar num Burger King, passei sem demora à Häagen Dasz que ficava em frente, para a desintoxicação. 3. Onde quer que eu vá não dispenso uma visita a essa sorveteria francesa, de sabores refinados e nome alemão: seja no shopping mais elegante de Santiago, na Oscar Freire, em São Paulo, no bairro do Chiado em Lisboa; em Barcelona e Madri; no aeroporto de Frankfurt; na Siam Square de Bancoc; na principal rua turística de Chiangmai ou nas 7-Eleven de Tóquio e Toronto. Ou na Euclides da Cunha de Campo Grande. Curiosamente, em Paris, com sua solar gastronomia, não me ocorreu provar desses sabores. 4. Em toda a antiga Indochina, que compreende Vietnã, Camboja, Laos, e Mianmar, entre outros, reina o arroz com jasmim.

Hong Kong

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Obama

Após oito anos de descalabro moral, de terrorismo de Estado, com torturas determinadas pelo presidente da República em documentos secretos e promessas de guerras sem fim, o povo norteamericano demonstra que é capaz de superar-se e regenerar-se de seus erros.
Obama, obviamente, não fará milagres. Se desmontar a máquina do terror financeiro, político e militar de Baby Bush, encontrará lugar de honra na história.
Causa espanto, todavia, a pequena maioria de votos (parcialmente explicada pelo grotesco sistema indireto de eleição presidencial norteamericano, uma aberração que a história se encarregará de abolir), como se Junior e Cheney, cercados das mais tóxicas pessoas do mundo, a exemplo de Carl Rove e Condolências Rice, não tivessem exercido o mais mesquinho governo da história moderna, em democracias.
Tive medo, nesta terça-feira. Tive medo de que o teratológico sistema de votação estadunidense, os conservadores e a direita religiosa raivosa impelissem os Estados Unidos para mais guerras e mais hecatombes financeiras.
Acordei nesta quarta com a auspiciosa notícia de que os sonhos, quando dignos, bem merecem ser vividos.

Jalapão

Jalapão