Sobre o trânsito de nossa cidade morena, já se disse que o campo-grandense parece eternamente indo socorrer a sogra.
Dia desses, um sujeito num Corcel I amarelo-jaca passou-me pela direita e frenou bruscamente, talvez assustado com a própria incúria. Mais à frente ele expulsa um idoso da faixa de pedestre. Num adesivo, o recado e síntese de seu estilo: “oh, glória!”.
“Oh, merda!”, pensei com meus botões.
Num jipe vermelho estava escrito, numa placa abaixo do pára-brisa: “Deus é fiel”. Na outra placa, em perfeita simetria, o complemento: “eu, não”.
II.
Como houve especulação sobre o que eu estaria tramando, torno pública a informação de estarei numa viagem de volta ao mundo, no final do ano, além da viagem à península Ibérica, próxima, já noticiada e extensamente debatida.
Compradas as passagens, e por instância de amigos, resolvi conceder que cada parente ou amigo contribua para esses momentosos empreendimentos. Anuncio agora que cada qual poderá contribuir com módica quantia (quinhentos reais) para as ‘despezinhas’ da viagem.
Mas atenção: ninguém precisa ficar magoado em doar tão pouco: 500,00 é o piso, e nada obsta contribuições mais significativas, fazendo jus a rica amizade. Aqueles que não se contentarem em doar menos de 5.000 poderão fazê-lo mediante depósito bancário, em nome deste modesto escriba.
Está dito que só faço isso por insistência dos amigos, das quais não poderia fugir, sem ofendê-los.
Campo Grande, 14 de maio de 2005.
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