Num canto, a tarde incendiada pelo
insensato sol de um dezembro
arbitrariamente eficaz.
Varejando ouro, o sol
inventa uma outra cidade,
talvez amarela, talvez feliz,
uma outra cidade, habitável,
amiga de invasões de sonhos.
Espero a lua com meus
pobres filmes impressionáveis
vir converter todo esse calor
em deleitável noite.
Flagro o início do comércio
da prata em minha sacada.
São grandes as esperanças,
grande a expectativa de lucro.
26.12.02
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