Apartamento 1901,
penúltima chance antes do céu
pelo lado nascente.
Na porta, o nove inclina-se,
flertando a possibilidade do seis.
A vista da cidade média,
casas escalando – não muito rápido –
a colina são bento.
O edifício dispõe em pares as famílias
comunicando-as na praça que é fonte
sob pórticos a balizar nossa indecisão.
O elevador, de gravuras rupestres,
se distorce com a estamparia no aço.
Sabe o regime do prédio.
Indefeso ante aplicados artistas do canivete,
sugere, constrangido, um retrato desses
teens pobrema orgulho dos pais.
Se o 19º é alto demais para que suba a comida,
desço reservado à continência da fome.
A vista do entorno campão:
vacas alternativas
oscilam nos pastos,
fazendas imaginárias.
Novembro de 2000.
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