quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Obama

Após oito anos de descalabro moral, de terrorismo de Estado, com torturas determinadas pelo presidente da República em documentos secretos e promessas de guerras sem fim, o povo norteamericano demonstra que é capaz de superar-se e regenerar-se de seus erros.
Obama, obviamente, não fará milagres. Se desmontar a máquina do terror financeiro, político e militar de Baby Bush, encontrará lugar de honra na história.
Causa espanto, todavia, a pequena maioria de votos (parcialmente explicada pelo grotesco sistema indireto de eleição presidencial norteamericano, uma aberração que a história se encarregará de abolir), como se Junior e Cheney, cercados das mais tóxicas pessoas do mundo, a exemplo de Carl Rove e Condolências Rice, não tivessem exercido o mais mesquinho governo da história moderna, em democracias.
Tive medo, nesta terça-feira. Tive medo de que o teratológico sistema de votação estadunidense, os conservadores e a direita religiosa raivosa impelissem os Estados Unidos para mais guerras e mais hecatombes financeiras.
Acordei nesta quarta com a auspiciosa notícia de que os sonhos, quando dignos, bem merecem ser vividos.

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