(...) a maior bolha de ativos e crédito da história humana está se desfazendo agora, e as perdas totais de crédito devem se aproximar de atordoantes US$ 2 trilhões.
Assim, a menos que os governos recapitalizem rapidamente as instituições financeiras, a compressão de crédito se tornará ainda mais severa, porque os prejuízos podem crescer mais rápido que a recapitalização e os bancos se verão forçados a reduzir créditos e empréstimos.
Os preços das ações e de outros ativos de risco caíram acentuadamente ante seus picos do final do ano passado, mas existem outros riscos significativos de queda. Um consenso emergente sugere que os preços de muitos ativos de risco -entre os quais as ações- caíram tanto que chegamos ao fundo, e uma recuperação rápida ocorrerá.
Mas o pior ainda está por vir.
Nos próximos meses, as notícias macroeconômicas e os resultados de lucros e prejuízos das empresas de todo o mundo serão muito piores que o esperado, o que colocará mais pressão de baixa sobre os preços dos ativos de risco, porque os analistas de ações ainda estão se iludindo com a idéia de que a contração econômica será curta e amena.
A compressão de crédito se agravará; a desalavancagem continuará, com fundos de hedge e outros agentes endividados forçados a vender ativos em mercados carentes de liquidez e perturbados, o que resultará em novas quedas de preços e levará mais instituições financeiras insolventes a quebrar. Algumas economias de mercado emergente certamente sofrerão crises financeiras graves.
Assim, o ano que vem, de 2009, será um período doloroso, de recessão mundial e de mais desgaste financeiro, prejuízos e falências. Apenas ações de política agressivas, coordenadas e efetivas pelos países avançados e de mercado emergente poderão garantir que a economia mundial se recupere em 2010, em lugar de entrar em um período de estagnação econômica mais longo.
Um bom 2009 para você também, Roubini!
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