segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Indio Feliz

Ao flanar por Águas Calientes, observei que as pessoas saíam animadas de um certo beco, e um súbito militarismo as movia. No fim da tarde em que medrei por entre os assombros de Machu e Wayna Pichu, ao voltar das piscinas termais instaladas no mais alto da cidade, resolvi investigar esse beco. 


O Indio Feliz é um pequeno bistrô de um casal franco-peruano. Ambiente aconchegante, incluindo lareira, atendimento caloroso e competente. Uma placa participa que todos são bem vindos: nacionais, estrangeiros e extraterrestres. Fui admitido na quota desses últimos. Os pratos foram se sucedendo, num menu generoso. 


A culinária peruana, inovadora, não é isenta de contradições, o que faz a delícia do turista. No Peru um milho cor de uva faz-lhe as vezes, numa beberagem desconcertante. 


pisco sour é um coquetel caliente, que rapidamente chama aos brios o freguês. Pedi um, depois outro, e logo eu estava dominando idiomas ameríndios que os próprios incas ignoram, mas respeitam, por ser linguajar de quem edifica assombros. 


À saída eu estava mais feliz, e marchei direto para o hotel.

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