Augusto Nunes publicou, em 18.2.11, em seu
blog, o seguinte vaticínio:
Confiantes na
lentidão da Justiça e na amnésia nacional, os comandantes da ofensiva contra o
Estado Democrático de Direito apostam na prescrição dos prazos e na discurseira
sobre “falta de provas”. Acham que o processo dará em nada. Acham que, na pior
das hipóteses, sobrará para os alevinos: como sempre, os peixes grandes
escaparão. Acham, em resumo, que já não há juízes no Brasil.
Lula e seus generais
podem aprender tarde demais que a esperteza, quando é muita, fica grande e come
o dono. A maioria dos ministros deve saber que, se os chefões da quadrilha
forem absolvidos, o STF terá optado pela rota do suicídio. Os partidários da capitulação
precisam ouvir a voz do país que presta: se for avalizada a falácia segundo a
qual o mensalão não existiu, o Judiciário deixará de existir como poder
independente.
Passado um ano e sete meses, os dois parágrafos
ficaram com cara de profecia. O Supremo não capitulou.
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