segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Augusto Nunes profético

Augusto Nunes publicou, em 18.2.11, em seu blog, o seguinte vaticínio:

Confiantes na lentidão da Justiça e na amnésia nacional, os comandantes da ofensiva contra o Estado Democrático de Direito apostam na prescrição dos prazos e na discurseira sobre “falta de provas”. Acham que o processo dará em nada. Acham que, na pior das hipóteses, sobrará para os alevinos: como sempre, os peixes grandes escaparão. Acham, em resumo, que já não há juízes no Brasil.

Lula e seus generais podem aprender tarde demais que a esperteza, quando é muita, fica grande e come o dono. A maioria dos ministros deve saber que, se os chefões da quadrilha forem absolvidos, o STF terá optado pela rota do suicídio. Os partidários da capitulação precisam ouvir a voz do país que presta: se for avalizada a falácia segundo a qual o mensalão não existiu, o Judiciário deixará de existir como poder independente. 

Passado um ano e sete meses, os dois parágrafos ficaram com cara de profecia. O Supremo não capitulou.

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