Queda de Josef Dirceu, difíceis votos no Supremo e entrevista de seu presidente queixando-se das críticas recebidas.
As decisões do STF são irrecorríveis, mas não encontrei no Texto que ele diz guardar vedação a críticas a suas decisões. E elas vão se tornar acerbas, a não se corrigir certo viés político.
O julgamento de Josef foi político, exatamente como toda decisão do Parlamento; precisamente como manda a Constituição. Ora, agora teremos a aplicação do CPP ao pé da letra, vírgula por vírgula, num julgamento político?
Porventura o Supremo devolveu o mandato de Collor, quando o considerou inocente? Então fica assim: o Parlamento sendo obrigado, mediante decisões políticas, a proferir julgamentos técnico-jurídicos. Ora ora...
Jobim demonstrou lucidez quando propôs aquela votação final, que definiu a essência da decisão, e afastou a ingerência no Parlamento, aduzindo que um novo relatório era desnecessário.
Nessa semana, no Rio, o ônibus 350, Irajá-Passeio, ardeu com cinco a bordo. Todos incinerados. Todos seres humanos. Uma criança. Se existisse República, se existisse solidariedade, se existisse Nação, estaríamos todos de luto. E prontos para a ação. Mas estamos todos embotados com essas notinhas de jornal, com esses achaques da PM "tudo será apurado com rigor", com essas guerras do tráfico.
Burilo um texto sobre Danton, Robespierre, Barras e outros. O Terror daqueles dias consentia utopias libertárias e de justiça social. O Terror do Rio não admite comentários.
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