Meu apartamento, sede de toda paz, me acolhe sem censuras. 50 dias é menos que os parlamentares se concedem de férias por ano, mas já é um respeitável hiato no esquematismo quotidiano.
Acomodo as lembranças de viagem, os presentes que me dei. Algumas estátuas chinesas, outros vasos japoneses abriram caminho na sala (essa sala, tão confortável quanto pouco habitada) por sobre congêneres de outros países, de viagens já esquecidas.
Na minha oficina, o novo aparelho de som (japonês) sobre outro aparelho de som, num palimpsesto imprevisto. A competição entre os dois fornece a medida de minha necessidade dessas harmônicas.
As fotos vão para o computador. Adiciono meio terabytes à memória desse servidor, na esperança de que se lembre de todas as fotos que tentei tirar, e cujos motivos fugiram.
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