Agora sim, fim de férias. Como de costume, arrematei todos os jornais e revistas que consegui trazer, para uma ambientação desse problema sempre adiado chamado Brasil.
Mesmo pesquisando o miolo das reportagens, lá pela página 46 do caderno f, não há novidade, como todos suspeitavam. A dengue, que queima, as estradas, que ruem: a chuva. Os escândalos, a repovoação do estado, a inapetência geral: nada incomoda esse brasileiro, que espera o carnaval, copas, eleições; ganhar na loteria.
O costureiro passa cantadas no recinto da Câmara; Bush pede 620 bilhões para suas guerrinhas; o premiê canadense diz que aquecimento global é coisa de socialista aloprado (eu sempre soube que era coisa de comunista).
Espere um pouco leitor, que vou até minha sacada acender uma fogueirinha (vou dar uma utilidade a meus escritos).
As revistas informam a volta de Collor e Letícia.
Prefiro a de Letícia.
O pior lugar-comum de quem volta de uma viagem, o mais imperdoável, é dizer que voltou com a cabeça mudada.
Voltei com a cabeça mudada. O inferno são os outros.
Um comentário:
Nossa! mudanças???!!! que bom! acho que esse ano vai ser de coisas novas.... fico feliz pela sua volta! apareça. Abraço
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