domingo, 16 de dezembro de 2007

Alemanha

Desembarquei na Alemanha sem pensar no assunto, sem estudá-la antes. Na pilha de livros ao lado da poltrona em minha sala figura a história da queda de Berlim, na Segunda Guerra.
Parei nos estertores da cidade, em abril de 1945.
As forcas sovieticas combatiam nos bairros da cidade, apos atravessaram milhares de quilometros desde Moscou.
Hitler preparava o suicidio, os "faisoes dourados" (nazistas de alto rango) escapuliam, muitos com destino ao Vaticano.
Berlim (e toda a Alemanha) seria retalhada em quatro partes, de forma a impedir que o coracao da Europa voltasse a reivindicar, algum dia, qualquer hegemonia.
Os estados comunistas, totais, se aguentaram na Europa por quarenta anos, um feito notavel, quando se conhece a insustentabilidade dos delirios socialistas. Depois, um pouco de lucidez conduziu cada qual ao leito normal da vida publica, onde cada pessoa cuida de seus proprios interesses e a somatoria é essa saudavel bagunca às vezes chamada capitalismo.
Inumeros crimes se cometeram naquela Guerra, por todos os seus protagonistas. Bombas de 500 quilos caiam sobre as cidades alemas, mesmo quando a guerra ja estava decidida, e nao havia alvo militar.
Como resultado, quase tudo que se ve na Alemanha é produto de restauracao, reconstrucao ou é simplesmente novo.
Berlim é um canteiro permanente de obras. O que é ótimo.

Kennedy, especialista em frases infelizes, exclamou: "estive em Berlim". Outra frase enigmatica sobre esta cidade é que "Berlim jamais será Berlim". Estive em Berlim, que me pareceu a própria Berlim. E daí?

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