O cartão postal da Islândia é a Lagoa Azul, um afloramento de águas que sabem a vulcão.
Conduzi-me por um caminho de lava e adentrei a piscina, artificialmente azul. Se o leitor procura um bainho morno, bem, este não é o lugar. A certa altura começam certos fervores, uma ligeira onda de cozimento, que você não sabe se acaba. "Onde vim parar? Será que consigo escapar ao ponto? Onde foi parar todo mundo?"
Depois, deixei-me a uma cachoeira (de águas quentes, é claro), sentindo as iras do vulcão. Fora da água, faz frio. Dentro, é uma quentura primordial, que relaxa e faz bem.
Entrei numa caverna, com vapores saindo da rocha negra. Impressão de adentrar a intimidade do magma, inadvertidamente. Os pés, deixei no tablado, sob o qual um aqueronte saltitava. Vez em quando umas ondinhas subiam, e os iam amaciando. Achei melhor recolhê-los, como os demais.
Perplexidade mesmo traz o bafo de vulcão na costinha do crioulo.
Fiquei uns minutinhos e voltei para a cachoeira, de poderes termais, que massageia e aquece.
Finalizei com outras saunas, igualmente fervorosas, e voltei para a lava.
Gente sorrindo por todo lado: é assim a Blue Lagoon, não longe do aeroporto de Reiquiavique. Fora são rigores.
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