terça-feira, 22 de maio de 2012

Lula e Goebbels


Hoje deparei com a seguinte frase de Lula: "O PT era mais atacado do que hoje por grande parte dos políticos da oposição e por uma parte da imprensa brasileira. Na verdade, era um momento em que tentaram dar um golpe neste país".

Será mesmo? Vamos ver.

Antonio Fernando de Souza, o Procurador Geral que denunciou o Mensalão, na Veja:

O PT tem se dedicado a difundir a versão de que o mensalão não passa de uma farsa... Chamar esse episódio de farsa é acusar o procurador-geral e os ministros do Supremo de farsantes. Dizer que aqueles fatos não existiram é brigar com a realidade, é querer apagar a história. Esse discurso não produzirá nenhum efeito no STF. Os ministros vão julgar o processo com base nos autos. E há inúmeras provas de tudoo o que foi afirmado na denúncia. Depoimentos, extratos bancários, pessoas que foram retirar dinheiro e deixaram sua assinatura.

O senhor se sente incomodado com isso? Na democracia, todas as pessoas estão sujeitas à fiscalização, ao controle, à responsabilização, e há órgãos dispostos a isso. Não serão os partidos políticos nem seus dirigentes que vão dizer o que é crime e o que não é crime. Quando eles querem transmitir um ar de que não aconteceu nada, estão indo para o reino da fantasia. Negar a existência do mensalão é uma afronta à democracia.

Está comprovado que o PT utilizou dinheiro público no mensalão? Quem vai fazer esse juízo é o Supremo. Da perspectiva de quem fez a denúncia e acompanhou o processo até 2009, digo que existe prova pericial mostrando que dinheiro público foi utilizado. Repito: há prova pericial disso. E o supremo, quando recebeu a denúncia, considerou que esses fatos têm consistência.

O que o senhor achou da iniciativa de alguns parlamentares de tentar usar uma CPI para investigar a imprensa? A imprensa não faz processo penal, a imprensa dá a notícia, dá a informação. Parece mais um meio de desviar a atenção do inquérito fundamental.

Os acusados tentam reduzir o caso a um crime eleitoral. É uma boa estratégia? A referência que fazem é que a movimentação de dinheiro tinha origem em caixa dois de campanha. Do ponto de vista ético e jurídico, isso não altera nada. Quando há apropriação do dinheiro público, não é a sua finalidade que vai descaracterizar o crime. No processo do mensalão, temos imputação de crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva, ativa, peculato, evasão de divisas, quadrilha, falsidade ideológica. Crimes assumidamente confessados. Eles não podem deixar de admitir.

Osmar Serraglio, relator da CPI dos Correios, em entrevista a Veja:

Seis anos após o término dos trabalhos, o deputado guarda vivas na memória as artimanhas que precisou driblar para que a investigação não terminasse em pizza. E seu calmo semblante endurece à simples menção sobre as negativas da existência do mensalão: “As provas estão todas lá. Não inventamos nada”, afirma. Confira a seguir a entrevista concedida pelo parlamentar ao site de VEJA, em seu gabinete em Brasília.

O que pensa quando ouve que o mensalão não existiu? Não admito que se diga isso. Em matéria de provas, nossa CPI foi muito consistente. Relatamos as evidências que colhemos - não inventamos nada.

Acredita que o trabalho da CPI vai contribuir para uma eventual condenação dos mensaleiros no STF? Claro que sim. Tanto é que a Procuradoria-Geral da República baseou-se em muitos dados que colhemos para apresentar sua denúncia ao Supremo. Falar a uma CPI tem o mesmo efeito que falar em juízo. Além disso, há muitas apurações que foram feitas pela Polícia Federal a nosso pedido. Todas as provas estão com os ministros do STF.

E o que o senhor espera desse julgamento? Espero Justiça e o reconhecimento de que nosso trabalho não foi uma banalidade. A comissão não foi feita para o deleite dos parlamentares, assim como o relatório não foi uma produção apenas minha, mas de todos os colegas que participaram da investigação. O relatório de uma CPI é, em matéria de prova, algo muito consistente. Por isso, se nada for feito, estaríamos diante de um incentivo à impunidade, do reconhecimento de que vale a pena ser malandro. A condenação dos mensaleiros seria o coroamento da ideia de que, no Brasil, não é tão simples sair com sacolas de dinheiro para cima e para baixo.


Delirando, Lula afirmou que a oposição foi forçada a recuar diante do apoio que recebeu dos movimentos sociais. Ele também citou artistas populares como o apresentador de TV Raul Gil e o cantor e vereador Agnaldo Timóteo (SIC).

"Eu disse: 'Não vou me matar como Getúlio [Vargas] e não vou fugir obrigado como o João Goulart. Só tem um jeito de eles me pegarem aqui. É eles enfrentarem o povo nas ruas deste país.'"

Nunca antes na história deste país houve um criminoso como Lula. Após comandar o maior esquema de corrupção da história, foi salvo por um "erro de estratégia" da oposição, que recusou-se a explorar a crise, esperando democraticamente que os eleitores enxotassem a camorra do PT. Tragicamente, o inacreditável ciclo econômico trouxe uma maré de riqueza sem precedentes, que o povo fingiu acreditar ser devida a Lula e os mensaleiros. O resultado todos conhecem.

Agora, esperamos que o Supremo rechace essa manobra, digna de Goebbels, e ponha na cadeia boa parte do PT criminoso (desculpem o pleonasmo).     

Saco de merda quase a rebentar, Lula mandou instalar uma CPI esperando intimidar o PGR, empastelar a revista Veja, adiar ou jogar uma cortina de fumaça sobre o julgamento da camorra.

Vai quebrar a cara como nunca antes. Alguém precisa deter esse bandido. 

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