Hoje deparei com a seguinte
frase de Lula: "O PT era mais atacado do que hoje por grande parte
dos políticos da oposição e por uma parte da imprensa brasileira. Na verdade,
era um momento em que tentaram dar um golpe neste país".
Será mesmo? Vamos ver.
Antonio Fernando de
Souza, o Procurador Geral que denunciou o Mensalão, na Veja:
O PT tem se
dedicado a difundir a versão de que o mensalão não passa de uma farsa... Chamar esse
episódio de farsa é acusar o procurador-geral e os ministros do Supremo de
farsantes. Dizer que aqueles fatos não existiram é brigar com a realidade, é
querer apagar a história. Esse discurso não produzirá nenhum efeito
no STF. Os ministros vão julgar o processo com base nos autos. E há
inúmeras provas de tudoo o que foi afirmado na denúncia. Depoimentos, extratos
bancários, pessoas que foram retirar dinheiro e deixaram sua assinatura.
O senhor se sente incomodado com isso? Na democracia, todas as pessoas estão sujeitas à fiscalização, ao controle, à responsabilização, e há órgãos dispostos a isso. Não serão os partidos políticos nem seus dirigentes que vão dizer o que é crime e o que não é crime. Quando eles querem transmitir um ar de que não aconteceu nada, estão indo para o reino da fantasia. Negar a existência do mensalão é uma afronta à democracia.
O senhor se sente incomodado com isso? Na democracia, todas as pessoas estão sujeitas à fiscalização, ao controle, à responsabilização, e há órgãos dispostos a isso. Não serão os partidos políticos nem seus dirigentes que vão dizer o que é crime e o que não é crime. Quando eles querem transmitir um ar de que não aconteceu nada, estão indo para o reino da fantasia. Negar a existência do mensalão é uma afronta à democracia.
Está comprovado que
o PT utilizou dinheiro público no mensalão? Quem vai fazer esse juízo é o
Supremo. Da perspectiva de quem fez a denúncia e acompanhou o processo até
2009, digo que existe prova pericial mostrando que dinheiro público foi
utilizado. Repito: há prova pericial disso. E o supremo, quando recebeu a
denúncia, considerou que esses fatos têm consistência.
O que o senhor
achou da iniciativa de alguns parlamentares de tentar usar uma CPI para
investigar a imprensa? A imprensa não faz processo penal, a imprensa dá
a notícia, dá a informação. Parece mais um meio de desviar a atenção do
inquérito fundamental.
Os acusados tentam reduzir o caso a um crime eleitoral. É uma boa estratégia? A referência que fazem é que a movimentação de dinheiro tinha origem em caixa dois de campanha. Do ponto de vista ético e jurídico, isso não altera nada. Quando há apropriação do dinheiro público, não é a sua finalidade que vai descaracterizar o crime. No processo do mensalão, temos imputação de crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva, ativa, peculato, evasão de divisas, quadrilha, falsidade ideológica. Crimes assumidamente confessados. Eles não podem deixar de admitir.
Os acusados tentam reduzir o caso a um crime eleitoral. É uma boa estratégia? A referência que fazem é que a movimentação de dinheiro tinha origem em caixa dois de campanha. Do ponto de vista ético e jurídico, isso não altera nada. Quando há apropriação do dinheiro público, não é a sua finalidade que vai descaracterizar o crime. No processo do mensalão, temos imputação de crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva, ativa, peculato, evasão de divisas, quadrilha, falsidade ideológica. Crimes assumidamente confessados. Eles não podem deixar de admitir.
Osmar Serraglio,
relator da CPI dos Correios, em entrevista a Veja:
Seis
anos após o término dos trabalhos, o deputado guarda vivas na memória as
artimanhas que precisou driblar para que a investigação não terminasse em
pizza. E seu calmo semblante endurece à simples menção sobre as negativas da
existência do mensalão: “As provas estão todas lá. Não inventamos nada”,
afirma. Confira a seguir a entrevista concedida pelo parlamentar ao site de
VEJA, em seu gabinete em Brasília.
O
que pensa quando ouve que o mensalão não existiu? Não admito
que se diga isso. Em matéria de provas, nossa CPI foi muito consistente.
Relatamos as evidências que colhemos - não inventamos nada.
Acredita
que o trabalho da CPI vai contribuir para uma eventual condenação dos
mensaleiros no STF? Claro
que sim. Tanto é que a Procuradoria-Geral da República baseou-se em muitos
dados que colhemos para apresentar sua denúncia ao Supremo. Falar a uma CPI tem
o mesmo efeito que falar em juízo. Além disso, há muitas apurações que foram
feitas pela Polícia Federal a nosso pedido. Todas as provas estão com os
ministros do STF.
E o
que o senhor espera desse julgamento? Espero Justiça e o reconhecimento de
que nosso trabalho não foi uma banalidade. A comissão não foi feita para o deleite
dos parlamentares, assim como o relatório não foi uma produção apenas minha,
mas de todos os colegas que participaram da investigação. O relatório de uma
CPI é, em matéria de prova, algo muito consistente. Por isso, se nada for
feito, estaríamos diante de um incentivo à impunidade, do reconhecimento de que
vale a pena ser malandro. A condenação dos mensaleiros seria o coroamento da
ideia de que, no Brasil, não é tão simples sair com sacolas de dinheiro para
cima e para baixo.
Delirando,
Lula afirmou que a oposição foi forçada a recuar diante do apoio que recebeu
dos movimentos sociais. Ele também citou artistas populares como o apresentador
de TV Raul Gil e o cantor e vereador Agnaldo Timóteo (SIC).
"Eu disse: 'Não
vou me matar como Getúlio [Vargas] e não vou fugir obrigado como o João
Goulart. Só tem um jeito de eles me pegarem aqui. É eles enfrentarem o povo nas
ruas deste país.'"
Nunca
antes na história deste país houve um criminoso como Lula. Após comandar o
maior esquema de corrupção da história, foi salvo por um "erro de estratégia" da
oposição, que recusou-se a explorar a crise, esperando democraticamente que os
eleitores enxotassem a camorra do PT. Tragicamente, o inacreditável ciclo
econômico trouxe uma maré de riqueza sem precedentes, que o povo fingiu
acreditar ser devida a Lula e os mensaleiros. O resultado todos conhecem.
Agora,
esperamos que o Supremo rechace essa manobra, digna de Goebbels, e ponha na
cadeia boa parte do PT criminoso (desculpem o pleonasmo).
Saco de merda quase
a rebentar, Lula mandou instalar uma CPI esperando intimidar o PGR, empastelar
a revista Veja, adiar ou jogar uma cortina de fumaça sobre o julgamento da camorra.
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