O Lonely diz que essa ilha, onde floresceu a civilização minóica, é a culminação da Grécia. Percebi Creta como a Grécia profunda.
Fui a Samaria, maior cânion da Europa. Eles te conduzem pelas montanhas até uma garganta impronunciável e te soltam na banguela.
Dezoito quilômetros depois você é pescado na portaria, quase chegando ao mar.
Destino mágico. Paredes inesgotáveis, rios que somem sob a montanha e reaparecem, mais necessários e raros. Caminhei por um leito árido, no vértice de um abismo em flor.
Depois as águas me encontraram e foi como se não tivessem sangrado o coração da terra.
Passeio de muitas horas, terminando no mar líbio. De volta a Heraklion, o hippocambos me aguardava, para os frutos do mar que derretem na boca.
Pedi a conta. Veio a sobremesa, não solicitada, mas muito apreciada: petit gateau com cachaça grega. Arrasador. Esse povo sabe mesmo como agradar.
Creta induz êxtases e contemplações.
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