Dia desses, voltando de carro de Corumbá, passei pelo pantanal.
Lagoas intermináveis vigiadas com fervor por jacarés, ciosos de suas responsabilidades. São pequenos, mas muito disciplinados, com representação abundante em cada lagoinha. Eles gostam daquelas ilhotas, bem no meio da lagoa, onde o sol é bem-vindo.
Depois avistamos os pássaros. Alguns tuiuiús rasaram vôos paralelos à trajetória do veículo, sustentando majestades próprias de aves de mais de dois metros de envergadura.
Avistei, ainda, íbis e colhereiras, algumas pintadas de rosa, e também aves outras que nem sei o nome.
Há uma grata infestação de ipês na pantanal, grassando cores contra um céu sujo de queimadas. Os roxos e os amarelos predominam, às vezes numa linha de centenas de árvores, que enfestam colinas e corixos.
O pantanal bem vale um sobrevôo, fotografias, memórias e... respeito.
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