Isso de chocolate japonês, pode ser perigoso.
Ontem, por exemplo, eu estava degustando um chocolate Meiji (nada a ver com a Restauração Meiji, que sempre associo, sem qualquer embasamento histórico, a uma revolta dos samurais) quando a restauração do meu dente não agüentou e ruiu.
O da frente.
Embargado o sorriso, a proibição de piadinhas, blagues e outras jocosidades não produziu senão sua feroz multiplicação.
E no karaokê que visitamos à noite, o japonês da portaria foi logo cobrando, enquanto batia as mãozinhas: "cadê o sorrizão do papai?"
Felizmente, uma relutante ida ao dentista me trouxe a serenidade que Bilac não teve na velhice.
A barra de Meiji, pela metade, ficou de presente para o Júlio, que presenteou a zeladora do hotel, uma senhora muito distinta e afortunadamente banguela.
Parei com chocolates, por ora.
Tóquio, 2 de fevereiro de 2006.
Nenhum comentário:
Postar um comentário