sábado, 25 de outubro de 2008

Tirania

Sob Bush e o vice-presidente Dick Cheney, a Constituição, a Carta de Direitos, o sistema judiciário e a separação entre os poderes sofreram ataques incessantes. Bush decidiu explorar a tragédia de 11 de setembro de 2001, o momento em que ele pareceu o presidente de uma nação unida, para tentar se colocar acima da lei. Bush reivindicou o poder de prender homens sem acusações e intimidou o Congresso a lhe conceder uma autoridade ilimitada para espionar os americanos. Ele criou um número incontável de programas "negros", incluindo prisões secretas e tortura terceirizada. O presidente emitiu centenas ou milhares de ordens secretas. Tememos que sejam necessários anos de pesquisa forense para descobrir quantos direitos fundamentais foram violados. Os dois candidatos renunciaram à tortura e se comprometeram a fechar o campo de prisioneiros na baía de Guantánamo em Cuba. Mas Obama foi além, prometendo identificar e corrigir as agressões de Bush ao sistema democrático. McCain se calou sobre o tema. McCain melhorou a proteção para os detidos. Mas depois ajudou a Casa Branca a aprovar o terrível Ato de Comissões Militares de 2006, que negou aos detidos o direito a uma audiência em um tribunal real e colocou Washington em conflito com as Convenções de Genebra, aumentando enormemente o risco para as tropas americanas. O próximo presidente terá a oportunidade de indicar um ou mais juízes para a Suprema Corte, que está prestes a ser dominada por uma ala de direita radical. Obama poderá indicar juízes menos liberais do que alguns de seus seguidores poderiam prever, mas McCain certamente escolherá ideólogos rígidos. Ele disse que nunca nomearia um juiz que acredite nos direitos reprodutivos da mulher. De quem é o texto acima, leitor? Noam Chomsky? Fidel Castro? Hugo Chavez? Meu? É o editorial do New York Times de apoio a Obama.

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