sábado, 25 de outubro de 2008

Poema

Vou produzir um poema auto-evidente, sigilo em toda fome, notório. Um poema síndrome, padrão de toda dor, perdido. Um poema ansioso, difícil de sentir, angustiado. Vou produzir um poema que há de ser meu aparato e cópia minha imagem refletida, fugaz. Um poema que as editoras hão de recusar com entusiasmo. Depois vou me embrulhar nesse poema, esquecer a vida, dispensar os sentidos, desfazer-me em palavras. 23.02.2002.

2 comentários:

Anônimo disse...

Gerson,

obrigado por acompanhar o VARAL.
Foi um prazer conhecer seu blog!

Forte braço,

Manelim disse...

Eduardo:

grande idéia essa do VARAL.

Abração