quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Religião

O Globo de hoje:
ROMA - A religião é um "produto" da evolução do cérebro humano, de modo que a idéia de Deus, assim como os comportamentos religiosos, encontram seu fundamento no mundo real no qual o cérebro é predisposto a funcionar. A tese é do pesquisador americano Pascal Boyler, que publicou seu artigo na revista científica Nature. Boyler, professor do departamento de Psicologia e Antropologia da Universidade Washington, detalha em sua pesquisa que formas cognitivas predispõem o homem a praticar a fé religiosa.
"Um dia encontraremos as provas para demonstrar que nossa inata propensão ao pensamento religioso deriva do fato de que nossos antepassados tiravam disso uma vantagem evolutiva." Por exemplo, a tendência a criar imagens imateriais e a ver Deus como uma figura antropomórfica é explicada pelo hábito infantil de criar figuras semelhantes às reais em sua imaginação - aos moldes dos amigos imaginários. O pesquisador descreve que também os rituais religiosos seriam comportamentos padrão do cérebro humano, comportamentos estereotipados e repetitivos como os que ocorrem em distúrbios obsessivo-compulsivos, nos quais o fiel assume obrigações por sua crença, mesmo que não traga efeitos reais. Uma outra característica do cérebro humano que pode explicar alguns aspectos da religião, segundo Boyer, é a tendência a socializar, a tecer coalizões que vão além das relações de parentesco. Essa inclinação à vida em grupo cria a comunidade religiosa, que cria para si as regras próprias de cada crença. Segundo Boyer, não será descoberto o "circuito do pensamento religioso" ou os "genes da fé", mas constatamos que "a religião é um produto da nossa evolução". - Um dia encontraremos as provas para demonstrar que nossa inata propensão ao pensamento religioso deriva do fato de que nossos antepassados tiravam disso uma vantagem evolutiva - declarou o pesquisador. - Pensamentos religiosos parecem ser uma propriedade emergente de nossa capacidade cognitiva padrão. As informações são da Ansa

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