Cheguei na madrugada a San Andrés.
Rolava uma festa na cobertura do hostel, e nenhuma pessoa de bem se atreveria a
dormir.
Dormi.
Na manhã, barco até Cayo Bolívar. Quarenta minutos de solavancos e caldos no barquinho exíguo e rápido. Ilha bonita, mas sem muita vida marinha.
Antecipei minha ida a Providência, ilha mais autêntica, a vinte minutos de avião, com uma barreira de corais realmente bela.
Providência é uma cadeia montanhosa em selva luxuriante. Tudo está na costa, com uma carretera que medeia os negócios entre a montanha e o mar.
Na ilha anexa de Santa Catalina, acessível por uma ponte flutuante, fica uma comunidade Arrozal, descendentes dos escravos que aqui aportaram séculos atrás.
Ali comi o melhor arroz com feijão fora da interminável fronteira brasileira. E um peixe fresco, com canja de entrada. No fogão de lenha. Precisa dizer que o suco, caseiro, rematava o carinho? Tudo por 15 reais.
Na volta a San Andrés, o La Regata serviu um atum de outro mundo. Selado no azeite, crocante, em pimentas. Eu já tinha comido atuns impensáveis - na Grécia e em Rarotonga - e, portanto, sabia que a magia não tinha como se repetir.
Bem, eu estava errado. Abalado, exigi sinfonia de sabores de sobremesa, e lembro que trouxeram torta de coco, musse e um doce que não saberia fazer justiça.
Sim a limonada. Sabem, costumamos pensar nelas em termos de "aí, que azeda" ou "Deus do céu, adoçaram impiedosamente".
Pois eu vos digo: nada no mundo se compara à limonada com coco do Regata. Tentei outra, batida em neve e coco no Miss Célia. Muito boa, mas sem comparação. A limonada do Regata nos absolve das incertezas e agruras de aviões, barcos, ônibus, táxis, recepções de hotéis e passeios cheios de turistas sem noção.
E tem o chincharrón, carne de porco profundamente frita, com a pururuca. É o mais típico da Colômbia, creio.
Bogotá.
Centro histórico bem América Latina, com palácios e sobretudo igrejas intermináveis. Subindo rumo à montanha a gente entra por umas ruelas que lembram cidadezinhas do interior.
Visitei dois supermuseus. No Museu del Oro tudo é de ouro e lindo. O Nacional tem vários Boteros, cujo museu estava fechado. Eles aproveitaram que iam fechar no natal e véspera para também fechar na antevéspera, zoando a agenda dos turistas.
Andrés Carne de Res.
Massive! Um bar-restaurante sensacional. Até o juiz Sérgio Moro cairia na esbórnia ali. Uma bandinha se aproxima de sua mesa e toca uma marchinha. Clarineta, bumbo e outro. E te passam a faixa presidencial.
A escada que leva a não sei quantos andares revela um forno em que lavram labaredas ocasionais.
Andrés: a festa é obrigatória; o chope, impecável, mas a carne estava dura.
Taxista.
Contrariando o bom senso, não esperei o taxi do hotel e peguei um na rua. Pra quê!
Primeiro, faltava metade do braço ao taxista. Depois, notei que ele não sabia onde ficava o museu do Oro. Ligou para alguém, que lhe passou as coordenadas. Para nada. Ficamos rodando horas. Até eu descobri antes dele onde ficava.
Pedi pra descer. Paguei o que tinha no bolso, 10 reais, fração do que ele esperava.
Então é Natal.
"Pessoas não devem praticar o bem só no Natal". Sério? E quem não pratica o bem NEM no Natal, hein?
Saí de Bogotá após o café e ganhamos as montanhas até Leyva, sorvendo o frescor da cordilheira, que se dava em pêssegos.
Leyva é um primor colonial e, no Mercado Municipal, comi barbacoa de cordeiro, junto com cerveja artesanal. Insano. O restaurante mais bonito que já vi está aqui e fica numa construção histórica.
Hospedei-me numa finca colonial debruçada sobre a cidade. Nestas montanhas nasceu a Colômbia, se os livros de história não me enganam.
Amanhã, San Gil.
No Renacer se acorda entre o canto dos pássaros. Lá embaixo o sol vem construindo uma cidade aos poucos, sem alarde. A propriedade, uma fazendinha colonial, é toda charme e acolhimento.
Daqui a pouco saio para San Gil, para aventuras.
Dormi.
Na manhã, barco até Cayo Bolívar. Quarenta minutos de solavancos e caldos no barquinho exíguo e rápido. Ilha bonita, mas sem muita vida marinha.
Antecipei minha ida a Providência, ilha mais autêntica, a vinte minutos de avião, com uma barreira de corais realmente bela.
Providência é uma cadeia montanhosa em selva luxuriante. Tudo está na costa, com uma carretera que medeia os negócios entre a montanha e o mar.
Na ilha anexa de Santa Catalina, acessível por uma ponte flutuante, fica uma comunidade Arrozal, descendentes dos escravos que aqui aportaram séculos atrás.
Ali comi o melhor arroz com feijão fora da interminável fronteira brasileira. E um peixe fresco, com canja de entrada. No fogão de lenha. Precisa dizer que o suco, caseiro, rematava o carinho? Tudo por 15 reais.
Na volta a San Andrés, o La Regata serviu um atum de outro mundo. Selado no azeite, crocante, em pimentas. Eu já tinha comido atuns impensáveis - na Grécia e em Rarotonga - e, portanto, sabia que a magia não tinha como se repetir.
Bem, eu estava errado. Abalado, exigi sinfonia de sabores de sobremesa, e lembro que trouxeram torta de coco, musse e um doce que não saberia fazer justiça.
Sim a limonada. Sabem, costumamos pensar nelas em termos de "aí, que azeda" ou "Deus do céu, adoçaram impiedosamente".
Pois eu vos digo: nada no mundo se compara à limonada com coco do Regata. Tentei outra, batida em neve e coco no Miss Célia. Muito boa, mas sem comparação. A limonada do Regata nos absolve das incertezas e agruras de aviões, barcos, ônibus, táxis, recepções de hotéis e passeios cheios de turistas sem noção.
E tem o chincharrón, carne de porco profundamente frita, com a pururuca. É o mais típico da Colômbia, creio.
Bogotá.
Centro histórico bem América Latina, com palácios e sobretudo igrejas intermináveis. Subindo rumo à montanha a gente entra por umas ruelas que lembram cidadezinhas do interior.
Visitei dois supermuseus. No Museu del Oro tudo é de ouro e lindo. O Nacional tem vários Boteros, cujo museu estava fechado. Eles aproveitaram que iam fechar no natal e véspera para também fechar na antevéspera, zoando a agenda dos turistas.
Andrés Carne de Res.
Massive! Um bar-restaurante sensacional. Até o juiz Sérgio Moro cairia na esbórnia ali. Uma bandinha se aproxima de sua mesa e toca uma marchinha. Clarineta, bumbo e outro. E te passam a faixa presidencial.
A escada que leva a não sei quantos andares revela um forno em que lavram labaredas ocasionais.
Andrés: a festa é obrigatória; o chope, impecável, mas a carne estava dura.
Taxista.
Contrariando o bom senso, não esperei o taxi do hotel e peguei um na rua. Pra quê!
Primeiro, faltava metade do braço ao taxista. Depois, notei que ele não sabia onde ficava o museu do Oro. Ligou para alguém, que lhe passou as coordenadas. Para nada. Ficamos rodando horas. Até eu descobri antes dele onde ficava.
Pedi pra descer. Paguei o que tinha no bolso, 10 reais, fração do que ele esperava.
Então é Natal.
"Pessoas não devem praticar o bem só no Natal". Sério? E quem não pratica o bem NEM no Natal, hein?
Saí de Bogotá após o café e ganhamos as montanhas até Leyva, sorvendo o frescor da cordilheira, que se dava em pêssegos.
Leyva é um primor colonial e, no Mercado Municipal, comi barbacoa de cordeiro, junto com cerveja artesanal. Insano. O restaurante mais bonito que já vi está aqui e fica numa construção histórica.
Hospedei-me numa finca colonial debruçada sobre a cidade. Nestas montanhas nasceu a Colômbia, se os livros de história não me enganam.
Amanhã, San Gil.
No Renacer se acorda entre o canto dos pássaros. Lá embaixo o sol vem construindo uma cidade aos poucos, sem alarde. A propriedade, uma fazendinha colonial, é toda charme e acolhimento.
Daqui a pouco saio para San Gil, para aventuras.
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