Cheguei ontem a São Paulo, pondo fim à aventura.
Quando se está indo, é maravilhoso; você quer conhecer, olhar, lançar-se. Quando está de volta, também é maravilhoso: as pessoas, os reencontros, a cultura tão familiar, o país (há um país?).
Nas minhas viagens, ida e volta são igualmente deliciosas.
Quando cheguei a Sydney, uma moça brasileira resumiu bem a situação, à porta da rua do aeroporto: "Agora é se jogar no mundo". Eu me joguei, e não me arrependi.
São Paulo está do jeito que a deixei: caótica, indomável, cheia de medos, mas também de jardins, liberdades e paraísos. Não sei o que fazer com São Paulo.
Hoje dou umas voltas por essa cidade, mato a saudade da comida brasileira e retorno à noite para minha cidade.
Espero encontrar tudo no lugar.
São Paulo, 19 de janeiro de 2005
P.S.: fui a uma churrascaria, cujo nome não revelo, mas fica na Rebouças. Em busca da pura carne vermelha e fresquinha, só servida no Brasil, assediei os garçons. A picanha, a ponta de costela, a própria costela estavam além de minha capacidade de exposição. Depois, descendo alguns metros e entrando na Oscar Freire, chega-se à Hägen Daazs. Não é honesto relatar todos os crimes que cumpri nessa sorveteria. Certa ocasião, paguei um táxi de Congonhas até a Oscar Freire, só por causa do chocolate belga. O taxista, indignado, quase me expulsou do táxi, mas por fim se resignou.
Depois, comprei a playboy do mês, talvez com a Luma. As fotos foram tiradas no Hotel Sun City, África do Sul, e me pareceu necessário matar as saudades daquele hotel. A decoração está deslumbrante, tal como a deixei. De muito bom gosto. Li (é claro que li), a reportagem.
2º P.S.:
Logo depois do Natal, ocorreu uma tragédia na Indonésia, Tailândia, India e outros países. Devido a informação desencontrada, essa notícia ocasionou um incontrolável surto de euforia no Tribunal.
Sem informação, meus colegas pensaram que eu estava num desses países.
Pelos corredores podia-se ouvir uma prece: "Oh Deus, não permita que seja só o Gerson..."
Muito anjo, a Rosanna foi a primeira a soltar a bomba: "Gente, ele está vivo. Escreveu hoje no blog..."
Rosanna! Você se dá conta que estragou o fim de ano dos colegas? Francamente...
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