Há uma cidade no sul da Austrália chamada Adelaide. É famosa por suas chuvas, sempre na hora errada, e por seu vinho.
Após 3 dias de excursão pelo Great Ocean Road, aportei a essa cidade. Havia três caras no hostel muito atenciosos comigo, diria que excessivamente. Tudo que eu fazia, se me mexia, se ia a um museu, tudo era acompanhado.
Concluí que eles eram, digamos, “artistas plásticos”. Mas felizmente, um senhor de meia idade, nipônico, muito respeitável, dividia o mesmo quarto, e não tive problemas. Conversando com o japonês Suichi (o do incidente do queijo), ele observou:
- Tá vendo aqueles três caras, ali na cozinha?
- Sim, estou, dividem o quarto comigo.
- Pois são todos viados. Não tem jeito.
- Well, eu já suspeitava. Felizmente, dividimos o quarto com aquele senhor ali, ao lado deles. Ele não fala uma única palavra em inglês, mas é bem distinto e confere respeitabilidade ao quarto.
- Pois é o rei da viadagem nesse hostel. Insaciável, tem atuação destacada em outros albergues da cidade, onde é conhecido como a grande mulga.
- Oh, no!
- Oh, yes! Aqueles rapazes têm muito o que aprender com a velha mulga, ora se têm...
Adelaide, dezembro de 2004.
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