domingo, 14 de agosto de 2011

Estocolmo

Foram cinco dias aqui. A cidade me recebeu com chuva e frio mas, depois, sol e temperatura amena. Visitei todos os museus, parques, igrejas e óperas que pude, com o passe livre. Estocolmo é a principal cidade da Escandinávia, em qualidade das atrações (numa briga equilibrada com Oslo), mas tem um problema: o exibicionismo na hora da conta.

Eles têm um nível de preços simplesmente nada a ver, o que se evidencia quando, ao pagar o metrô, você constata que vai precisar passar umas rifas entre os colegas de serviço - senão em repartições vizinhas. Você acha que o Tahiti é caro? Experimente Estocolmo. Papeete, com todas as suas joalherias, vai parecer um brechó.  

Pra piorar, comprei um desses cartões globais. Quando fui ao banco buscar, vi que era Amex.  American Express: quer passar nervoso (muito nervoso)? Pergunte-me como.

Ontem fui a um restaurante que serve desde mil setecentos e algo, na velha Estocolmo. O boato é que ali são escolhidos os vencedores do Nobel, entre uma garfada e outra. Apurei as orelhas, tentando ouvir meu nome. Em vão. Obviamente os acadêmicos não estavam presentes. 

Num fim de tarde subi ao Globen, uma esfera de uns cem metros de altura, que brinca de ser arena. Toda a Estocolmo sob a luz temperada de um sol em sua eficácia final. 

E também fui às compras (para que servem os cartões de crédito?). Achei um ateliê com umas peças maneiríssimas, e as enfiei na mala.  

Um comentário:

Júlio César e Izaura disse...

Caro Gérson,
Pergunte por aí se eles conseguem conter a inveja do povo brasileiro, que recebeu um "bilhete premiado" da natureza, na definição do nosso atual presidente lula (nome do maior campo petrolífero brasileiro, por coincidência. Só que o campo petrolífero escreve-se com inicial maiúscula).
Enquanto você descansa das saudáveis andanças em Estocolmo, veja essa avaliação lúcida sobre os desafios do Pre-Sal e a dubiedade da GigaMegaSena alardeada pelo grande timoneiro lula:

Exploração no pré-sal traz riscos, diz Norman Gall


São Paulo, 16 - O Brasil precisa de um debate mais amplo e profundo ante os enormes desafios e riscos que a exploração do pré-sal impõe, avalia o americano Norman Gall, do Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial.

Gall argumenta que na região do Mar do Norte foi preciso quatro décadas para se chegar ao nível de exploração máxima de petróleo. Além disso, destaca que naquela região havia dezenas de empresas operadoras competindo e "às vezes cooperando entre si", enquanto no Brasil só há a Petrobras. "O Brasil poderia mudar o modelo e se aproximar do que foi feito no Mar do Norte", disse o pesquisador.

A Petrobras, argumenta Gall, se transformou na maior estatal de petróleo do mundo, mas ainda encara desafios de escala e de encolhimento do seu quadro técnico. O executivo participou na manhã desta terça-feira do seminário promovido pelo Grupo Estado para discutir os desafios do pré-sal.

Gall afirmou que no início ficou "entusiasmado" com as descobertas do pré-sal, depois "começou a ficar preocupado" quando o presidente Lula disse que equivalia a um bilhete da loteria premiado. Em seguida, ele diz ter ficado "muito preocupado" com os rumos das discussões no Congresso, que se enveredaram para a partilha dos royalties do petróleo. "Poucos na classe política debatem os desafios e os riscos dessa exploração."

Segundo ele, na exploração do pré-sal há uma enorme gama de riscos envolvidos, com equipamentos "exóticos pesando toneladas e instalações da altura de um prédio", destacou Gall. Há o transporte de equipamentos, com aluguel de navios que chegam a custar US$ 500 mil por dia. "Águas profundas têm que ser habitadas por máquinas e equipamentos colossais, submetidos a temperaturas e pressão extremas", disse o pesquisador, em sua apresentação no seminário "Os Novos Desafios do Pré-Sal", no auditório do Grupo Estado. (Altamiro Silva Junior)

Fonte AE