Horas demoras oras
boquirrotas
pessoas
horários
desmaiados
pedem
espaço, fugas.
O
horizonte aos poucos fendido
numa
cortina escura de nuvens;
as
árvores dos altos da Afonso Pena
intentam
dedos verdes ao vento.
A
cortina aos poucos esvaziando a visão
e seu
discurso auto-referente.
Transidas
árvores do parque
na
comunhão do orvalho estival.
As
pessoas não param para ver a chuva
seu
diálogo com o imêmore ambiente.
Árvores
móveis, as pessoas
não homenageiam
a chuva,
precipital
fonte do verde.
Apanho
esse transporte,
na
estação que finda,
mas
quase não vou.
Vi
chuvas chegarem e irem
sem
entender seu delíquio.
Somos
uma e mesma perda
– que
frutifica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário