sexta-feira, 15 de março de 2013

Viagens


Planejo a próxima viagem. Pretendo vertiginosos raids sobre as ilhas Cook, Sociedade, Tuamotu e Marquesas (além de Páscoa), todas no Pacífico sul. Convoquei agentes de viagem em cinco milhões de quilômetros quadrados, que me dizem:

E para que você precisa de tanta ilha? Escolha duas, ou três, não mais. Não gostamos de corsários!  

O que lhes digo é:

­Para as ilhas! Depressa! Hei, irmão, vê se não economiza nas ilhas aí, meu velho! Me vê um atol espaçoso e bem ventilado! Essa banquisa, que você me indicou, você não mandaria sua sogra para lá, mandaria?

Ligou-me a Moira, de Papeete. Disse que não pode ser; que a maioria das ilhas requisitadas não admite turistas, e menos ainda quem não fala francês e o idioma local.  Pimpão, lembrei-lhe que, além do francês, ignoro o inglês e todas as línguas do Pacífico. E meu portunhol costuma ser bastante criticado, devido ao estilo (pimpão). Ela me lembrou que a prática canibal não foi complemente esquecida em muitos desses parcéis...   

Esses caras... Nem me conhecem e já estão morrendo de raiva de mim.

Seja como for, são grandes as expectativas.

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