sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Skansen



















Passei horas me divertindo com esses caras, no Skansen. Eles mordem, agarram, se abraçam, nadam, mordem de novo. Um deles sai correndo e sobe numa árvore. Não no tronco, mas lá na pontinha do último galho, nas grimpas mesmo. O outro, vendo-se abandonado, sobe a árvore até certo e ponto e começa a balançar o galho, para ver se derruba o companheiro.  

Que crianças mais gracinhas!

Estocolmo











Ursos brincando no parque Skansen.

Islanðia















Islanðia





Akureyri, norte da Islândia.

Lofoten












Águia pescadora. Ilhas Lofoten, círculo ártico.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Copenhaga


Em casa

A operação retorno foi a mais tranquila em séculos. Sorvete e torta de chocolate no aeroporto de Frankfurt, uma noite no avião e lar, finalmente.

O cansaço me diz que preciso diminuir tempo e ritmo das viagens. 

E, contudo, hoje é a estreia das Bodas de Fígaro em Estocolmo. O leitor pode imaginar meu inconformismo?

Comecei a analisar as fotos. Parece que algumas resultaram válidas. Podem ser publicadas.

Encontrei meu carro com uma mensagem: "morri", o que já explica a rica camada de poeira. Encontrei também uma intimação da Receita Federal, dizendo que eu tinha até o mês passado para provar que paguei meu imposto de renda. Talvez eu tenha pago. Os comprovantes dizem que sim, mas que importam os comprovantes?      

Quanto a mim, qual o balanço? Que dizer de tantas viagens? Não muito. Somente que a vida é bela.

domingo, 14 de agosto de 2011

Estocolmo

Foram cinco dias aqui. A cidade me recebeu com chuva e frio mas, depois, sol e temperatura amena. Visitei todos os museus, parques, igrejas e óperas que pude, com o passe livre. Estocolmo é a principal cidade da Escandinávia, em qualidade das atrações (numa briga equilibrada com Oslo), mas tem um problema: o exibicionismo na hora da conta.

Eles têm um nível de preços simplesmente nada a ver, o que se evidencia quando, ao pagar o metrô, você constata que vai precisar passar umas rifas entre os colegas de serviço - senão em repartições vizinhas. Você acha que o Tahiti é caro? Experimente Estocolmo. Papeete, com todas as suas joalherias, vai parecer um brechó.  

Pra piorar, comprei um desses cartões globais. Quando fui ao banco buscar, vi que era Amex.  American Express: quer passar nervoso (muito nervoso)? Pergunte-me como.

Ontem fui a um restaurante que serve desde mil setecentos e algo, na velha Estocolmo. O boato é que ali são escolhidos os vencedores do Nobel, entre uma garfada e outra. Apurei as orelhas, tentando ouvir meu nome. Em vão. Obviamente os acadêmicos não estavam presentes. 

Num fim de tarde subi ao Globen, uma esfera de uns cem metros de altura, que brinca de ser arena. Toda a Estocolmo sob a luz temperada de um sol em sua eficácia final. 

E também fui às compras (para que servem os cartões de crédito?). Achei um ateliê com umas peças maneiríssimas, e as enfiei na mala.  

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Deixando Riga

Após dois dias, atravesso o Báltico esta noite, com destino a Estocolmo.

A velha Riga, nas margens do rio Dugava (ou Duína Ocidental), é bacana, com construções do século 14. A primeira impressão foi algo exagerada. Riga é divertida, tem coisas que merecem uma visita, mas seu turismo é incipiente: ontem, planejei  uma visita a uns castelos fora da cidade e, na última hora, não rolou. Só havia um passageiro: eu. Não é coisa que aconteça. 

Cancelei os planos de comprar âmbar, porque ninguém consegue se convencer de sua autenticidade. Num mundo em que o balanço das maiores empresas, fiscalizado pelas melhores auditorias, não é digno de crédito, como vou confiar num certificado que qualquer um, munido de uma impressora e uma caneta bic, pode confeccionar? 

Falar nisso, quando deixei o país, a bolsa orçava os 64.000 pontos. Agora, terei sorte se a encontrar a 30.000. Ei, o que vocês aprontaram, enquanto eu não estava olhando?

domingo, 7 de agosto de 2011

Riia

Vou comentar Riga sob o impacto da primeira impressão, enquanto espero meu quarto ficar pronto. Após 5 horas desde Tallinn, num confortável ônibus, chega-se a esta cidade, que me pareceu (ainda) um autêntico quintal dos comunas.

Não saberia fundamentar, mas aqui se respira opressão,  tirania, num país liberto já se vão 20 anos. 

Dos russos ficou a arquitetura, os nomes, e alguns costumes, pelo visto. A cidade apresentou-se feia, desagradável, com alguns massivos prédios - tão horrendos que só podem ser obra dos soviéticos. 

Tallinn tem um ou outro resíduo soviético, mas aqui é só o que há. Não que a cidade não mereça uma visita. Ao contrário, eu sempre quis ver de perto o resultado do pesadelo bolchevique, seu inerente terror. E aqui estou, num lugar cuja feiúra é a cara do comunismo. 

E estamos falando de resquícios, porque a Letônia é parte da Europa, e tem uma economia em ascensão. 

De qualquer forma, vou conhecer este país, sopesando seu eventual viés stalinista, que tanto me lembra Sua Majestade, a Santinha. Por que será? Agora, que degolou o Reizinho Mandão, e mais meia dúzia de ministros, talvez ela possa, finalmente, iniciar seu "governo" (SIC).

Ou talvez não. Quem sabe o que Santinha tem na cabeça? Não muito.