Fernando Rodrigues, na Folha de hoje:
Ontem a Bolsa de Valores de Nova York fechou sua pior semana nos seus 112 anos de vida. Os papéis despencam há oito pregões consecutivos. A semana acumulou uma desvalorização de 18%. Já se pode usar, sem medo de errar, a expressão "crash" (quebra) dos mercados. É importante registrar esse momento, pois as quedas recentes eram ainda sempre menores em algum sentido do que as registradas em anos passados. A diferença agora parece ser o total descontrole dos agentes reguladores nos Estados Unidos, a incompetência e a tibieza política de George W. Bush e a globalização completa do mercado de ações.
Os economistas, e as pessoas sensatas em geral, dizem que a culpa pelo crash não é de George Bush apenas, mas de todo o sistema financeiro, governos etc.
Essas pessoas podem estar certas, mas lembro que, quando as urnas se abriram em 2000, Bush II tinha constrangedores 500.000 votos a menos que Gore. Jeb, capataz da sesmaria Flórida, e os tios na Suprema Corte (nomeados por papai Bush) deram uma mãozinha e Junior "ganhou" as eleições.
Bush II assumiu com um megassuperávit nas contas públicas. Cortou impostos dos milionários, vendendo a ilusão de que a economia cresceria, e o resultado são megadéficits, conforme a maioria dos economistas alertou que aconteceria.
Agora, temos um débil mental na presidência e a maior crise sistêmica da história nos devorando vivos.
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