sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Bora e sharks

Pura diversão.

Duas horas ao mar, após um soberbo prato de preciosos camarões com espaguete. Eu vinha cuidando que as montanhas de Bora não me escapassem, quando percebi uma festa particular do sol no terraço do barco. Figurei um amarelo exorbitante, um excesso de ouro, e os tons laranja instalados no azul demasiado.

Quando chegamos ao porto a alucinação se consumava, e registrei esse drama.

Bora é o que há. Laguna e motanhas em mil tons, e que tons...

Sharks.
Novo encontro. Um canadense confirmou o que eu venho dizendo: parece que temos, funcionando nos Mares do Sul, uma coalizão de tubarões. Contra mim.

De fato a testemunha acima presenciou quando um tubarão desacatou esta minha nobre pessoa, vindo com tudo pra cima. Como eu estava num aprazivel excursão, fotografando a vida marinha, limitei-me a outorgar-lhe um gentil soco no focinho. Não fosse aquela uma excursão familiar e o sushi do almoço seria antecipado.

O passeio continuou, em meio ao infinito turquesa-verde-azul. No Tahiti, quando o sujeito fecha os olhos, à noite, vê-se num confuso balé de raias carinhosas, e teme ir ao banheiro, porque o chão usualmente está atapetado de raias risonhas.

Como todo turista dessas bandas sabe, o procedimento delas é chegar pelos flancos, ir subindo com carinhos, dos ombros até o rosto...

E é isso.

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