sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Maupiti

This is it, this is the one.

É o que se diz, quando se chega a Bora. Foi o que eu disse, quando desembarquei em Moorea (Bora é o proximo destino).

Hoje, em Maupiti, um encontro. Fui deixado em um motu deserto. Da praia alguns cachorros me saudaram, sem entusiasmo. Comecei a mergulhar, e logo senti a forte corrente puxando para o oceano, para a passagem que serve de "rodoviária" entre a laguna e o mar aberto.

De repente, um tubarão limão. Não era grande, mas era um tubarão. Não gostei do jeito pouco respeitoso como ele me encarou. Estou acostumado a ser respeitado e temido onde chego e, bem, isso não estava acontecendo. "Esse cara não me conhece. Nem de tubarão estou gostando, ultimamente", pensei.

Uma voltinha, nova encarada.

Sabem, eu já tinha encontrado alguns desses caras em Moorea, e estava acostumado a ser acatado.

"É um adolescente. Terei de ensinar bons modos a esse rapaz". E, com efeito, parti para cima do bicho, numa investida arriscada, que ele antecipara.  Munido de um galho adrede recolhido nos recifes rasos, golpeei a pobre criatura no focinho, pondo fim à atitude insubmissa. Esse cara achou que podia me desacatar, mas eu mostrei que ele estava errado!

P.S.
Aos leitores que se sentiram pouco à vontade com o relato acima, tendo enxergado certas dificuldades no correto manejo de animais marinhos, ofereço a narrativa abaixo, sem prometer que seja mais verdadeira (cabe uma escolha):

Eu estava saindo de um recife, indo para uma faixa de areia rasa, quando vi uma raia (stingray). Era grande, e éramos só eu e ela em toda a extensão do motu. Uma coisa é alimentá-las no lagunário de Moorea. Outra é encontrar uma sozinho, sem peixe para oferecer.

Olhei as rotas de fuga, conferi os clipes das minhas nadadeiras e saí em disparada rumo á praia, sob o olhar desaprovador dos cachorros. Nisso, a raia tinha dado meia volta e continuava sua patrulha pelas águas rasas.

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